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A Importância da Humanização na Unidade de Terapia Intensiva

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As UTIs são Unidade de Terapia Intensiva que fazem parte do corpo físico de um hospital, e são equipadas com recursos tecnológicos e científicos sofisticados de ultima geração, e são para essas unidades que são levados os pacientes criticamente enfermos que necessitam de um cuidado maior com recursos humanos qualificados e atenção redobrada, que possibilitem eficácia e rapidez no atendimento.

RESUMO

A humanização é uma forma de assistência prestada às pessoas que estão envolvidas no processo de saúde e doença, a busca dessa assistência dentro da unidade de terapia intensiva é devido à rotina diária e complexa que os profissionais desenvolvem. A realização dessa humanização e através de atos, do contato, conhecimento, entendimento e outras ações voltadas ao bem estar de todas as pessoas envolvidas. Devido à necessidade de desenvolver algo que pudesse contribuir para o bom desenvolvimento das ações humanizadas dentro das unidades de terapia intensiva este trabalho tem como objetivo: Realizar um estudo sobre as potencialidades e obstáculos para a promoção de um cuidado humanizado; Informar sobre a importância da comunicação no relacionamento entre os atores envolvidos no processo de tratamento do paciente crítico e informar a respeito da importância de um cuidado humanizado dentro da UTI. Para a realização deste trabalho realizou-se uma vasta pesquisa bibliográfica, onde se constatou que com a utilização da humanização dentro das UTIs é possível alcançar resultados significativos no tratamento dos pacientes.

Palavras chave: Humanização, assistência, UTI, Cuidado.

ABSTRACT

Humanization is a form of assistance to people who are involved in health and disease, the pursuit of such assistance within the intensive care unit is due to daily routine and complex that professionals develop. The realization of this humanization and through acts, contact, knowledge, understanding and other actions aimed at the welfare of all the people involved. Because of the need to develop something that would contribute to the sound development of humanized actions within intensive care units this work aims to: Conduct a study on the potential and obstacles for the promotion of a humanized care; Report the importance of communication the relationship between the actors involved in the treatment of critically ill patients and inform people about the importance of humanized care in the ICU. For this work we carried out a vast literature, which demonstrated that the use of humanization within ICUs is possible to achieve significant results in the treatment of patients.

keywords: Humanization, care, ICU, care.

1 INTRODUÇÃO

Castro (1990) e Lima (1993) dizem que o surgimento das UTIs se deu a partir da necessidade de concentração de recursos materiais e humanos e do aperfeiçoamento para o atendimento a pacientes graves e em estados críticos, porem ainda recuperáveis, e também da necessidade de uma assistência médica, de uma equipe multidisciplinar continua e com observação constante, centralizados em um núcleo especializado.

Por compreender uma rotina complexa e diária, em sua grande maioria, os profissionais de saúde das unidades de terapia intensiva desenvolvem uma prática assistencial distante do toque e do carinho, do ouvir e conversar com o ser humano que necessita de atenção.

Boemer (1989), afirma que a própria dinâmica de uma UTI não possibilita momentos de reflexão para que seu pessoal possa se orientar melhor. Pelo fato da UTI ser um lugar que demanda atitudes às vezes individuais contra todo um sistema tecnológico dominante, a humanização torna-se uma tarefa nada fácil, sabendo-se que os profissionais de saúde, que atuam dentro das unidades intensivas esforçam-se para desenvolver ações no sentido de proporcionar uma ação, mas humanizada.

Em todos os momentos de atenção ao ser humano e em especial quando se trata de pessoas que estão completamente dependentes e carentes, onde o emocional fica mais abalado e vulnerável, a humanização é algo essencial e de fundamental importância. Devido a vários efeitos negativos do ambiente da UTI sobre a equipe multiprofissional, a família e o paciente exige um tratamento humanizado nos serviços desenvolvidos nesse ambiente.

Em países subdesenvolvidos, com grandes desigualdades socioeconômicas, como é o caso do Brasil, os desafios na saúde são enormes, como a ampliação do acesso com qualidade aos serviços e aos bens de saúde e ampliação do processo de responsabilidade entre os trabalhadores, gestores e usuários no processo de cuidar e gerir. A partir desse cenário ver-se a necessidade de mudanças, principalmente no modelo de atenção, que não se farão sem mudanças no modelo de atuação profissional.

A grande problemática surgida com as exigências da rotina de trabalho dentro das unidades de terapia intensiva é como desenvolver um cuidado humanizado dentro de uma unidade de terapia intensiva?

A humanização é um conjunto de iniciativas que dentro da UTI visa à produção de cuidados ao paciente em estado critico capaz de conciliar a tecnologia com o acolhimento necessário e o respeito cultural e ético ao paciente, com espaços de trabalho favoráveis ao bom exercício técnico dos profissionais de saúde e a satisfação dos usuários.

A partir de um levantamento bibliográfico qualitativo o presente trabalho tem como objetivo realizar um estudo sobre as potencialidades e obstáculos para a promoção de um cuidado humanizado na UTI e informar sobre a importância da comunicação no relacionamento entre os atores envolvidos no processo de tratamento do paciente crítico e a importância de um cuidado humanizado dentro da UTI.

CONCEITO E HISTÓRICO DA HUMANIZAÇÃO

O elo fundamental do processo de humanização é a comunicação efetiva entre equipe, paciente e família no sentido de identificar dificuldades e promover o melhor plano para a solução dos impasses.

Segundo AMIB (2004) humanização é:

(...) um processo vivencial que permeia toda a atividade do local e das pessoas que ali trabalham, dando ao paciente o tratamento que merece como pessoa humana, dentro das circunstancias peculiares em que cada um se encontra (AMIB, 2004, p. 01).

Diante das necessidades dos indivíduos, a humanização deve ser individualizada, deve-se dar a atenção necessária a cada individuo, a cada família, de maneira particular. A humanização é uma mudança de atitudes e comportamento frente ao paciente e seus familiares.

A regulamentação da humanização foi feita pelo Ministério da Saúde em maio de 2000, onde foi criado o PNHAH – Programa Nacional de Humanização da Assistência Nacional de Saúde.  Programa esse que constitui uma politica ministerial bastante singular se comparado a outros do setor, pois se destina a promover uma nova cultura de atendimento à saúde (BRASIL, 2000).

Foi a partir daí que se formulou como devem se caracterizar a humanização dentro das UTIs, foram estabelecidos padrões nos espaços físicos que garantissem o bem estar do paciente, garantias aos familiares às visitas diárias além de informações sobre o estado clínico do paciente.

Uma reportagem publicada na Revista Veja, da editora Abril, em 10 de maio de 1995, que falava sobre o sofrimento dos pacientes e tinha como titulo “UTI Corredor de vida ou morte”, abalou o meio da saúde, com manifestações dos quatro cantos do pais, e todos com intensão de minimizar os exageros ou distorções que as reportagens como esta costumam causar (AMIB, 2004).

Essa reportagem é uma prova de que a humanização vem sendo pensada há muito tempo, e essa em especial foi primordial para todos os intensivistas repensarem a forma de processo de estudo, ações e reflexões voltadas para tornar as UTIs, mais aconchegantes e menos estressantes, com necessidades individualizadas da essência dos valores humanos.

A partir desta publicação notou-se varias ações que se puseram em prol da melhoria do atendimento humanizado dento das UTIs, e em 2001, foi solicitada ao comitê de humanização a realização de um curso de imersão em humanização pela diretoria da AMIB (associação de Medicina Intensiva Brasileira), e a partir de então o curso vem sendo ministrado por lideranças intensivistas comprometidas com as experiências em humanização, ética e qualidade em várias partes do país, com o intuito de oferecer um curso de imersão de um dia com os fundamentos básicos da humanização (AMIB, 2004)

Mesmo com toda essa preocupação de capacitação, hoje se vê um panorama nessas unidades que nos induz para a urgência da preocupação com o resgate da humanização. No modo de ser cuidado do paciente não existe uma preocupação e sistematização, mas sim com o aperfeiçoamento da técnica, levando a valorização com o modo de ser do trabalho.

A humanização é um processo que envolve todos os membros de uma equipe que compõe a UTI, e muito ainda precisa ser feito e todos precisam participar deste processo de atenção e acolhimento que se dá o nome de “Humanização”.

2.1 Humanização na UTI

Na maioria das vezes, os pacientes internados em uma UTI são dependentes e mediante a falta de controle de si mesmo sentem-se imponentes, e ao seu redor ficam pessoas ativas e ocupadas, o que frequentemente pode ser um coadjuvante para a instalação de sentimentos de isolamento e ansiedade.

O medo de morrer ou ser portador de uma doença grave também separam o paciente de sua família, por isso, faz-se necessário o desenvolvimento imediato de relações dependente e intimas com estranhos. Mediante o estado emocional do paciente a equipe tenta conforta-lo usando-se de falas como “você ficará bem”. AMIB (2004) afirma que, falas como essa servem apenas para reforçar a sensação de distancia que o paciente está sofrendo, pois a atividade e eficiência que circundam o paciente aumentam a sensação de separação.

Alguns comportamentos com características humanísticas da assistência ao paciente são ouvir com calma, dar atenção necessária, ter humor, ter envolvimento e saber compartilhar.

Tem-se visto nos últimos anos um considerável aprimoramento e crescimento de ações concretas destinadas a promover a humanização da assistência hospitalar no âmbito das UTIs, visto que a Unidade de Terapia Intensiva é um ambiente que concentra pacientes graves, mas recuperáveis e cuidados por profissionais que se empenham em maximizar suas chances de vida, e de uma vida melhor e com uma assistência de qualidade e humanizada (SALICIO; GAIVA, 2006).

Os profissionais de saúde que trabalham diretamente com enfermos, principalmente os que trabalham nas UTIs, precisam ser estimulados a se auto avaliarem diante da conduta profissional nas mais variadas situações pela qual passam no cotidiano. Através dessas avaliações o profissional faz reflexões essenciais sobre o exercício de sua prática, em qual suporte está baseada, nas diferentes possibilidades terapêuticas para o desempenho humanista e na responsabilidade sobre sua conduta profissional ao se tratar do ser humano que está sobre seus cuidados.

O termo humanizar se refere a tornar benévolo, afável, tratável, fazer adquirir hábitos sociais polidos; civilizar. De acordo com valores éticos consiste em tornar uma pratica bela, por mais que ela lide com o que tem de mais doloroso, triste e degradante na natureza humana. É a possibilidade de assumir uma posição de reconhecimento dos limites e ética de respeito ao semelhante. No trabalho de humanização o ponto chave é o fortalecimento desta posição ética de articulação do cuidado técnico cientifico conhecido e dominado, ao cuidado que incorpora a exploração, necessidade e o acolhimento do imprevisível, do incontrolável, ao indiferente e singular (MORAIS et al, 2004).

Os pacientes que necessitam de uma internação dessa complexidade não precisam de um atendimento mecanicista que visa somente a parte tecnológica  e cientifica da situação, eles necessitam que o profissional que o está atendendo promova a assistência diretamente voltada a ele como ser humana que precisa de atenção biopsicossocial e espiritual.

Dentro dos serviços, a humanização deve ser vista como uma questão que vai além dos componentes técnicos, instrumentais e que envolvem as dimensões politico-filosófica que lhe dão sentido, não como um modismo. (CASATE; CORREA, 2005).

É normal deparar-se com a cena de um paciente internado ser tratado como se fosse mais um leito ou um caso de doença, com regras institucionais rígidas em relação a acompanhantes e visitas. São determinados os horários de visitas e a quantidade de pessoas que podem visitar, levando em consideração a instituição e não a necessidade do paciente. O paciente é descaracterizado do seu mundo real no momento da internação com a exigência de entrega de todos os seus pertences, além do estresse que os doentes são submetidos, no ambiente da UTI são privados da companhia de pessoas queridas da família e amigos.

É importante manter a familiar informada, levar a eles o conhecimento de tudo o que esta acontecendo, principalmente o que se faz aos pacientes internados e como é o trabalho dos funcionários dessa unidade, para melhor entender e conhecer o que é uma UTI, assim é mais fácil para a família ficar segura de que a pessoa internada receberá toda a assistência de que necessita.

2.2  Importância da Humanização na UTI

Humanização é entendida como uma medida que busca resgatar o respeito à vida humana em ocasiões éticas, psíquicas e sociais, dentro do relacionamento humano, que aceita a necessidade de resgate dos aspectos biológicos, fisiológicos e subjetivos. É fundamental adotar uma pratica na qual o cliente e o profissional considerem como parte da sua assistência humanizada o conjunto desses aspectos, possibilitando assumir uma posição ética de respeito mútuo (MORAIS, GARCIA, FONSECA, 2004).

As instituições de saúde por se caracterizarem por um trabalho de natureza relacional requerem uma consideração dos aspectos de humanização, como aceitar a necessidade de resgate e articulação dos aspectos subjetivos, indissociáveis dos aspectos físicos e biológicos. É, portanto a possibilidade de assumir uma postura ética de respeito ao próximo, de reconhecimento dos limites e de acolhimento do desconhecido. O essencial no trabalho de humanização é o fortalecimento deste comportamento ético de articular o cuidado técnico-cientifico, com a necessidade de acolher e explorar o imprevisível, o diferente, o incontrolável e singular.

Para Moraes, Garcia e Fonseca (2004) é inadmissível pensar que a humanização dentro de um hospital está apenas na questão de aquisição de materiais, equipamentos e local adequado, moderno e suficiente, a humanização é, sobretudo um problema que envolve as atividades das pessoas que ali trabalham, procurando oferecer ao paciente desde o momento de sua internação um tratamento que o respeite como ser humano, em que a alteração do ambiente, suas rotinas, a dependência e o medo do desconhecido não acarretem comprometimento psicoemocional.

O processo vivencial que envolve a humanização procura dar ao paciente o tratamento como pessoa humana que merece, dentro de cada circunstância peculiar que se encontra em cada momento cada indivíduo. A humanização deve ser trabalhada e desenvolvida de acordo com os interesses de um grupo ou de uma pessoa. O cuidar não é dever somente de uma classe profissional e sim um dever do ser humano para outro ser humano como pessoa (MEDINA E BACKES, 2002).

É necessário que haja uma interação entre quem cuida e quem é cuidado, e que nessa interação aconteçam trocas de informações e sentimentos. Segundo AMIB (2004) a humanização é um conjunto que engloba: o ambiente físico, o cuidado dos pacientes e seus familiares e as relações entre a equipe de saúde. As interações dentro da UTI visam tornar efetiva a assistência ao individuo doente, considerando-o como um todo bio-psico-socio-espiritual.

O profissional de saúde deve promover um ambiente de equilíbrio favorável que o paciente e seus familiares se sintam tranquilos e confiantes para  enfrentarem e compreenderem o tratamento.

2.3 Comunicação e humanização

A comunicação é uma necessidade básica humana, sem a qual a existência do ser humano seria no mínimo impossível, portanto é pela comunicação verbal e não verbal, que está intimamente ligada a humanização, estabelecida com o paciente que podemos compreendê-lo em sua visão de mundo, seu todo, ou seja, seu modo de agir, pensar e sentir (STEFANELLI, 2000).

Muitos são os fatores que contribuem para o processo de cura dentre eles alguns são mais importantes que outros, e os instrumentos poderosos para esse processo são: o ouvir, o conversar, o tocar, o respeitar e compreender dos profissionais mediante as dificuldades e enfermidades do paciente.

Em seu artigo SILVA (2000) refere-se que estudos com pacientes internados em UTI demonstram que o simples toque nas mãos,  que é uma demonstração de afeto que ocorre entre os familiares e membros da equipe de saúde com o paciente pode alterar os ritmos cardíacos do mesmo, que diminui quando ocorre essa manifestação de carinho.

A comunicação é um importante instrumento dentro da UTI e deve envolver toda a equipe, os paciente e seu familiares e responsáveis, médicos, assistentes e fontes pedagógicas e a mídia, e muitas vezes essa comunicação é negligenciada, para a construção de uma UTI mais humana, harmoniosa, eficiente e descontraída é preciso que essa comunicação ocorra, e uma relação de equipe que assiste bem cuidada o individuo envolvido estará bem cuidado também, beneficiando todo o conjunto, que visa principalmente o bem estar e saúde do paciente.

A comunicação não deve ser encarada como um simples processo de atendimento humanizado e sim como um projeto que permite um verdadeiro cuidar do paciente, e não um simples tratar (AMIB 2004).

Para AMIB (2004), comunicar refere-se a qualquer meio de transmitir informações, e qualquer mensagem produzida por esse meio, ou ainda a um objeto especifico ao se utilizar esse meio. Quando se fala, portanto em comunicação no processo de humanização, refere-se a uma profunda relação entre dois ou mais agentes que estejam dialogando. Quando se comunica com emoção transforma-se o ato de tratar no verdadeiro cuidar.

3 METODOLOGIA

3.1 Tipos de estudo

Na realização deste artigo foi utilizada uma vasta pesquisa bibliográfica, descritiva com abordagem qualitativa, mediante revisão da literatura em livros, artigos e periódicos publicados com o assunto principal abordado ”Humanização em UTI”, através de referencias bibliográficas, por ser elaborada a partir de material já publicado, onde a humanização fosse colocada como o principal assunto.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante de todo assunto abordado, conclui-se que a humanização dentro da Unidade de Terapia Intensiva torna-se cada vez mais necessária para que os pacientes, familiares e equipe tenham mais conforto e comodidade ao realizarem procedimentos que muitas vezes podem levar o paciente a morte.

Existem alguns obstáculos dentro de uma UTI que dificultam a promoção de um cuidado humanizado, pode-se destacar dentre eles: a falta de comunicação entre os atores: paciente, familiares e equipe; o meio externo (sócio-econômico-cultural, inclusive o trabalho); o mundo (sentimentos, fantasias, emoções e pensamentos).

Para favorecer a sensibilização para iniciar um processo de humanização interna que tenha consequências benéficas no atendimento são necessários trabalhos multidisciplinares com toda equipe atuante envolvida dentro da UTI. Por isso, ressalta-se a importância de mudanças profissionais, e questionamentos a respeito da necessidade de inovação dos conceitos sobre assistência ao paciente e implantação de uma assistência humanizada, buscando questões que envolva atitudes, valores, ética moral e profissional e comportamento, e deixar de lado características relacionadas a problemas burocráticos, técnicos e estruturais.

A humanização é um processo possível e necessário e pode ser alcançado por meio de ações conjuntas: ambiente higienizado; boa vontade dos profissionais, material e equipamentos  suficientes e adequados para o funcionando; conforto;  profissionais que sejam capacitados nas ações a serem desempenhadas e um simples toque na mão de demonstração afetiva.

Pode-se chegar a um relacionamento mais agradável através da humanização, onde todos, equipe de saúde, paciente e família possam exercer seus papeis de maneira mais afável, buscando a satisfação. O medo e a insegurança são amenizados através da humanização, a equipe trabalha melhor, o paciente sente-se mais seguro e a família sente-se mais satisfeita.

É através da comunicação que se pode chegar a uma humanização mais eficaz e eficiente. Um dos fatores principais que interferem na satisfação, tanto dos usuários quanto dos que trabalham nessas unidades é a adequada comunicação entre medico-paciente e seus familiares e a equipe multidisciplinar da UTI.

Pode-se fazer com que a família participe do processo de recuperação fazendo com que estes passem a interagir no processo de tratamento, tirando o sentimento de impotência através de uma comunicação clara e objetiva.

Como já foi dito, comunicar é o meio de transmitir informações, e comunicação no processo de humanização se refere ao processo de interação entre todos os envolvidos na relação saúde-doença. Através da comunicação clara, as emoções florescem e os sentimentos aparecem de maneira mais singela. Pela comunicação pode-se transformar a maneira de tratar, a maneira de se lidar com o paciente e seus familiares, muda-se a maneira de cuidar, e a partir dai passa a ser transmitido aos envolvidos mais segurança e conforto, tirando a angustia e desespero.

REFERÊNCIAS

AMIB – Associação de medicina Intensiva Brasileira. Humanização em cuidados intensivos. Livraria e Editora Revinter Ltda., 2004.

BOEMER, M.R.; ROSSI, L. R.; NASTARI, R. R. A idéia de morte em unidade de terapia intensiva - análise de depoimentos. Rev Gaúcha Enfermagem 1989 julho; 10(2):8-14

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. Brasília: Mimeo, 2000.

CASATE, Juliana Cristina; CORREA, Adriana Kátia. Humanização do atendimento em saúde: conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfermagem. Revista Latino-americana de Enfermagem. v.13, n.1, p.105-11, 2005

CASTRO, D. S. Experiência de pacientes internados em unidade de terapia intensiva: análise fenomenológica. [dissertação]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem/USP; 1990

LIMA, M. G. Assistência prestada pelo enfermeiro em unidades de terapia intensiva: aspectos afetivos e relacionais. [dissertação]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem/USP; 1993

MEDINA, Rosemari Ferigolo; BACKES, Vania Marli Schubert. A humanização no cuidado com o cliente cirúrgico. Rev Bras Enferm 2002;55(5):522-7

MEZOMO João Catarin. Gestão da qualidade na saúde: princípios básicos. Barueri: Manole; 2001.

MORAES, J.C.; GARCIA, V. da G.L.; FONSECA, A. da S. Assistência prestada na unidade de terapia intensiva adulta: Visão dos clientes. Revista Nursing. v.79, n.7, 2004

SALICIO, Dalva Magali Benine; GAIVA, Maria Aparecida Munhoz. O significado de humanização da assistência para enfermeiros que atuam em UTI. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2006;8(3):370-376

SILVA, M.J.P. Humanização em unidade de terapia intensiva. São Paulo: Atheneu; 2000

STEFANELLI, Maguida Costa. Comunicação com o paciente: teoria e ensino. 2ª ed. São Paulo: Robe Editorial; 1993.

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¹ Bacharel em Enfermagem, Pós-graduanda em Unidade de Terapia Intensiva pelo Instituto Quality de Pós Graduação.

² Prof. Esp.Orientadora em urgência e emergência


Publicado por: Renata Pires Ferreira Veiga

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