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Queixa Escolar: Possibilidades de atuação do Psicólogo versus Expectativa da Escola.

Como os psicólogos devem trabalhar nas escolas.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

O papel do psicólogo escolar tem sido freqüentemente discutido e questionado nas instituições escolares. Sabe-se que ele tem sido chamado para resolver os problemas dos alunos que não aprendem, além dos problemas ligados à disciplina. Desta forma é necessário esclarecer o real papel do psicólogo escolar, para os trabalhadores no ensino.

É função do psicólogo procurar romper, através do diálogo multidisciplinar, as estruturas cristalizadas e ineficientes do sistema educacional, devendo também promover a conscientização do papel de cada integrante da escola considerando a cultura e o meio social da instituição em que trabalha.

Diante disso, torna-se relevante identificar como é percebido papel do psicólogo escolar pelos educadores, para compreender a razão da distorção de sua função na instituição escolar. Esta pesquisa teve como objetivo geral identificar a expectativa dos profissionais de ensino em relação à atuação do profissional da psicologia.

Os objetivos específicos foram: verificar se os profissionais da educação vêem necessidade do Psicólogo Escolar dentro da instituição; levantar as características atribuídas ao papel do Psicólogo; e verificar a expectativa dos profissionais da educação sobre a resolução das queixas escolares. Trata-se de uma pesquisa exploratória de campo. A amostra foi composta por 45 sujeitos, funcionários da Rede Estadual de Ensino de Itumbiara-Go, sendo dividida em seis diretores, três vice-diretores, nove coordenadores e vinte e sete professores; provenientes de nove escolas.

O critério de escolha foi a disponibilidade no momento da pesquisa. Cinco escolas localizam-se em torno da área central, e quatro na periferia da cidade. O instrumento de pesquisa foi um questionário com perguntas abertas. Os dados coletados foram analisados de forma qualitativa. Foram tomados os cuidados éticos necessários, conforme a resolução 0196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Os dados coletados mostraram que, apesar de estarem cientes de muitas atribuições do Psicólogo Escolar, os profissionais da educação ainda entendem a sua atuação direcionada aos alunos que não correspondem ao padrão desejável do bom aluno, comportado.

A expectativa dos mesmos, em relação às queixas escolares, é de um atendimento nos moldes da clínica, e o profissional da psicologia seria aquele que, além de detectar o problema, orienta sobre as formas de ação a serem adotadas. O Psicólogo Escolar é aquele que detém a solução e não alguém que participa de forma inter e multidisciplinar.

Não foram citadas importantes atribuições deste profissional, tais como a participação na elaboração, implantação, avaliação e reformulação de currículos, de projetos pedagógicos, de políticas educacionais e no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais, junto ao corpo docente e técnico da instituição.

Conclui-se então, pela necessidade de uma melhor definição em relação ao papel do psicólogo dentro da escola e do esclarecimento a respeito de sua ação para a comunidade escolar e também para a comunidade em geral, visto que a imagem da psicologia ainda encontra-se atrelada à idéia da clínica.

É preciso repensar também o papel da psicologia escolar na grade curricular dos cursos de psicologia, visando quebrar preconceitos em relação à área, estimular mais estudos e consequentemente uma maior atuação do profissional na educação.

¹ Alunos do Curso de Psicologia do ILES/ ULBRA de Itumbiara –GO

² Professora ILES/ULBRA de Itumbiara-GO

Eliábia Cassimiro Silva¹

Gabriela Barbosa Guizzetti ¹

Helen Souza Costa¹

Marisa Aparecida Elias²

Miziki Ferreira Silva¹

Nelson Vieira de Paiva Júnior¹

Sílvio Fernandes Rosa¹


Publicado por: gabriela barbosa guizzetti

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