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O Casamento Vermelho, Paris, 1572

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Qual a relação entre a religião e a política? Por que as pessoas fazem guerra em nome de sua religião, uma vez que – espera-se – as religiões pregam a paz?

Toda ação religiosa, se for coletiva, é, necessariamente, uma ação política também. E, no caso da França, como veremos, as guerras religiosas entre protestantes e católicos foram um somatório de interesses pelo poder, mais do que religiosos.

O fatídico casamento ocorrido na famosa Noite de São Bartolomeu, em 24 de agosto de 1572, representava apenas uma face do que foi a longa e sangrenta luta político-religiosa na França.

Nossas câmaras, nossos leitos vazios,
Nosso bosques, nossos campos, nossos rios.
Envergonhados de tanto sangue inocente.
Guardam silêncio, e em silêncio eloquente
Pedem vingança.
Vingança, vingança… [1]


A Noite de São Bartolomeu, quadro de François Dubois (1529-1584) [2]

1.  O contexto político-religioso da França na época da Reforma Protestante

Depois da Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), o poder absolutista monárquico se consolidou na França, com a Casa dos Valois, que reinou entre 1328 e 1589.

Francisco I, último grande rei desta casa (Valois), governou a França entre 1494 e 1547, coincidindo, portanto, com a propagação da Reforma Protestante, movimento cristão que traria grande preocupação e desestabilidade religiosa para ele e os monarcas seguintes, que eram católicos e não queriam a presença protestante em seu território.

 
João Calvino [3]

João Calvino (1509 – 1564), reformador protestante francês, foi uma “persona non grata” na França, depois que deixou o catolicismo e se converteu ao Protestantismo, pregado por Lutero. Perseguido em seu país, Calvino foi obrigado a fugir para Genebra, na Suíça, em 1536.

A Suíça passou a ser o berço do Calvinismo – ramo protestante originado das ideias de Calvino. Mas dali se espalhou por várias partes da Europa, incluindo a França, apesar da oposição.

Francisco I até permitiu discussões do Calvinismo em círculos intelectuais [4], mas foi hostil à propagação do calvinismo em seu país. Mesmo assim, o protestantismo cresceu entre o povo e chegou até a nobreza.

Enquanto isto, no vizinho reino de Navarra, comunidade autônoma da Espanha, a irmã de Francisco I, Margarida de Angulema ou Margarida de Navarra, esposa do rei Henrique II (de Navarra) alentava o movimento reformador. Por ser muito culta e por ter apoiado o movimento humanista – o qual serviu de inspiração para o Protestantismo – fez de sua corte um refúgio para os protestantes que fugiam do país de seu irmão.

De Navarra e cidades fronteiriças como Estrasburgo e Genebra, por exemplo, os livros e pregadores protestantes se infiltravam constantemente na França, difundindo sua fé, aumentando, com isto, o ódio da nobreza católica.

Depois da morte de Francisco I, em 1547, seu filho Henrique II continuou com a mesma política de oposição ao protestantismo, só que mais constante e cruel. A primeira igreja calvinista surgiu oficialmente na França em 1555 e quatro anos mais tarde, quando se reuniu o primeiro sínodo nacional (reunido em secreto), havia igrejas organizadas por todo o país.

Três marcas do governo de Henrique II foram a perseguição aos protestantes, as guerras com a Áustria e a paixão por caça, que o levou à morte em 1559.

Henrique II deixou quatro filhos homens, três dos quais seriam sucessivamente reis da França   – Francisco II, Carlos IX e Henrique II) e três filhas, dentre elas Margarida, que seria rainha da França, depois da morte de seus irmãos.

A mãe de todos estes filhos era Catarina de Médicis, rainha consorte, que reinou em lugar de seu marido falecido, Henrique II, entre 1547 e 1559. Por ter sido rejeitada por ele, agora, viúva, desejava apoderar-se do trono. Foi regente de Felipe II, que morreu com apenas 15 anos e de Carlos IX, que tinha, na época (em 1560), apenas 10 anos. Mas Carlos IX recebeu amplos poderes de sua mãe, e governou a França, de 1560 até sua morte em 1574.

Surgem, então, acirradas disputas político-religiosas entre dois grupos, os Guise, uma poderosa família ducal católica, obstinada pelo poder, e os Huguenotes [5], termo depreciativo, relativo aos calvinistas franceses. Os príncipes dos Guise, que não queriam perder o status quo da nobreza na França, estavam convencidos de que era necessário extirpar do país o protestantismo.

Apesar de seu ódio pelos protestantes, Catarina de Médicis, que tinha sido humilhada pela casa dos Guise e, para tentar limitar o seu poder, assume o governo, como regente, em lugar de seu filho Carlos IX, resolvendo aliar-se aos huguenotes. Resolveu soltar alguns de seus encarcerados, com a insistência de que estes deveriam abandonar a heresia e voltar ao catolicismo. Ou seja, o seu propósito era ganhar o favor dos protestantes, mas sem lhes dar nenhum poder político e militar, conforme um acordo assinado por ela em janeiro de 1562 [6].

A aparente “paz religiosa” promovida por Catarina logo foi destruída pelos Guise, cujos representantes entraram na aldeia de Vassy e mataram tantos protestantes quantos conseguiram.

O edito de 17 de janeiro de 1562 se destinou a apaziguar as tensões e oferecer um sinal de abertura aos protestantes, mas teve o efeito de enfurecer os católicos. Desse modo, em março, os soldados de François de Guise massacram os protestantes na Cidade de Wassy na Champagne, sob o pretexto de que haviam praticado seu culto em lugar proibido [7].

2.  O massacre

Em 1570, Catarina de Médicis, ainda disposta a fazer as pazes com os protestantes, e com a esperança de conseguir a ajuda destes contra os Guise, recebeu em sua corte, o Almirante huguenote Gaspar de Coligny, propondo um acordo de casar sua filha (católica e irmã do rei Carlos IX) com Henrique de Bourbón, um dos principais chefes do partido protestante.

Os planos de casamento foram acertados, sendo o Almirante bem recebido por Carlos IX, que o chamou de “meu pai”, deixando Catarina com ciúmes. Mas a paz que parecia ser duradoura, não aconteceu. Logo, o duque de Guiza, que estava convencido de que sua mãe tinha sido assassinada por ordem de Coligny, e queria vingar sua morte, tramou uma conspiração. E Catarina convenceu seu filho disto, afirmando que esta conspiração seria encabeçada porColigny, para apoderar-se do trono. Carlos IX, “… que nunca tinha mostrado independência de critério, deu crédito à estória, e assim se montou rapidamente o cenário para que ocorresse a terrível matança [8].

No dia 18 de agosto de 1572, uma segunda-feira, as núpcias aconteceram. O almirante, de volta para sua casa, foi surpreendido, num atentado “aleivoso”, mas não morreu. Com isto, houve uma revolta geral dos huguenotes clamando por justiça. No domingo seguinte, 24 de agosto, na famosa Noite de São Bartolomeu, o duque de Guize, seguindo instruções de Catarina, reuniu os encarregados de guardar a ordem da cidade, e quem seriam suas vítimas. Ele mesmo se encarregou de matar o almirante que já estava ferido.

Outros dados sobre o episódio são acrescentados pela Revista Super Interessante:

Às vésperas do fatídico São Bartolomeu de 1572, o almirante Coligny vinha insistindo para que a França invadisse Flandres. Ao norte de Flandres, onde hoje é a Holanda, um surto independentista contestava a dominação espanhola. A proposta de Coligny significava declarar guerra à Espanha. Catarina de Médici entendia que o conflito seria desastroso para a França, por dois motivos. Primeiro, porque provocaria reações dos católicos franceses, que eram maioria e facilmente mobilizáveis pelos Guise. Depois, porque dificilmente contaria com apoio da Inglaterra, a outra grande potência internacional. Em consequência, Catarina mandou matar Coligny. [9]

Os horrores daquela noite vitimaram cerca de 2 mil huguenotes, em Paris, e a sangrenta luta se estendeu por vários dias, pelas províncias francesas, chegando a dezenas de milhares. Alguns escritos chegam a falar em 70 mil ou 100 mil huguenotes mortos. [10]

3.  A posição da Igreja Católica frente ao massacre

A posição do papa e, por conseguinte, do clero católico com relação ao massacre da chamada Noite de São Bartolomeu, estava em verdadeira consonância com seus dogmas e instituições. Uma das medidas tomadas, por exemplo, na Contrarreforma, foi a reativação da Inquisição e a criação do Índex.

Tribunal da Inquisição, “… uma organização eclesiástica destinada a indagar, descobrir e punir o que a Igreja considerava heresia ou discordância dos seus ensinos (…) era uma combinação de uma força policial e de um sistema judicial.  Operava em toda a parte, secreta, vigilante, paciente e desumanamente. Em seus tribunais o acusado não tinha meios de defesa contra as acusações e nunca conseguia absolvição. Essa terrível instituição ordinariamente lançava mão das mais horríveis torturas a fim de arrancar confissões. Tinha o auxílio do governo civil na caça aos hereges e aplicava sentenças de morte”. [11]

Índex, por sua vez, condenava os livros com os quais a Igreja não concordava, incluindo, entre eles, as versões da Bíblia, exceto a Vulgata [12]. Na verdade, a atividade da Congregação do Índex não se limitava apenas a combater as crença protestantes, mas igualmente todo o pensamento que conduzisse o mundo ao progresso. “…Pesquisas e estudos de toda a natureza foram, praticamente, aniquilados na Itália e na Espanha”. [13] 

No papado de Pio V, o maior defensor da Cátedra de Pedro e da Inquisição, o que havia de protestante na Itália e na Espanha tinha sido esmagado. Restava a França.

Desde o início do Luteranismo (por volta dos anos 1520) e da propagação do Calvinismo (meados do século XVI), os protestantes da França sofreram terríveis perseguições. Era preciso eliminar aquela “praga” da França.

A fundamentação teológica e a consequente condenação aos hereges na França teve início, sobretudo, na Faculdade de Teologia de Sorbonne. Lutero, por exemplo, foi denunciado por esta faculdade como herético, falso profeta e Anticristo, e que seus ensinos, além dos clássicos grego e hebraico despertavam as heresias. Aliás, “… o indivíduo que procurasse aprender o hebreu e ler a Bíblia no original, se expunha a morrer queimado!” [14] Durante o governo de Francisco I, outro pregador luterano, chamado Luís de Berquin, depois de ser preso , mas solto, por ordem do rei, resolveu desafiar os intelectuais desta faculdade para um debate público, declarando que não só os clérigos deveriam ler a Bíblia. Esta deveria estar também nas mãos do povo, como ensinava Lutero. Pagou com a vida, sendo queimado vivo em 17 de abril de 1529. “O povo se agitou com o agouro e a Sorbonne, propagou que os infiéis ‘desconhecidos’ frequentavam as Cortes e que defendiam as novas ideias”. [15] Com isto, as atenções passaram a ser voltadas, também, para a sede do governo. 

Além da Sorbonne, deve-se levar em conta, também, a educação de Catarina de Médicis. Ela era sobrinha de dois papas, Leão X e Clemente VII. O primeiro, foi o papa que condenou Lutero por suas 95 teses, e o segundo, muito a influenciou nas suas escolhas, principalmente por ter sido seu professor. O casamento de Catarina com Henrique II, por exemplo, foi um casamento político sob orientação do papa Clemente VII.

Portanto, a França foi preparada civil e teologicamente, para eliminar os protestantes. Apesar disto, em 1558, por exemplo, existiam em seu território, cerca de 400.000 protestantes.

Em 1572, quando ocorre o grande massacre, a Igreja, responde, através do papa, GregórioXIII com uma missa Te Deum (Hino de Exaltação e Agradecimento a Deus) e uma medalha comemorativa, além da pintura de um mural pelo artista Giorgio Vasari. Congratulações foram enviadas a Catarina e ambos se regozijaram pelo que fizeram aos protestantes, aniquilando aquela “peste” da França.

4.  Dos três Henriques ao Edito de Nantes

Carlos IX morreu em 1574 e a coroa passou então a seu irmão Henrique de Anjou, um dos autores da matança, que tinha sido eleito rei da Polônia, por sua mãe, em 1573. E ao saber da morte do irmão, nem chegou a abdicar-se do trono na Polônia e veio à Paris para tomar posse do trono francês, como Henrique III. Ele fez a paz com os protestantes, para tentar exercer um bom governo, mas novamente, teve que enfrentar os Guize, desta vez, com a ajuda da Espanha, que fizeram guerra, novamente, aos protestantes, anulando, assim, o seu acordo de paz.

Depois disto, inesperadamente, o irmão de Henrique III, Francisco de Alençon, que seria seu sucessor, morre, em 1584, e como ele não deixou filhos, o trono passaria a Henrique deBourbón, rei de Navarra e chefe dos protestantes. Este Henrique era o que casara em 1572 com Margarida de Valois, e que conseguira fugir, depois de negar sua fé, tornando-se católico.

Para não ter que conviver com um protestante no trono francês – pois Henrique de Navarra voltara a ser protestante – foi idealizado fazer de outro Henrique, o Henrique de Guisa, um presumido herdeiro do trono.

Havia então três partidos, cada um encabeçado por um Henrique. O rei legitimo, Henrique III de Valois, era dos três, o menos digno e menos hábil. O pretendente católico, Henrique de Guisa, não tinha mais direito ao trono que o que lhe dava um documento reconhecidamente espúrio. O chefe protestante, Henrique de Bourbón, rei de Navarra, não pretendia que o trono francês fosse seu, porém, era ele o legítimo herdeiro. [16]

A Guerra entre os três Henriques seguiu, “entre marchas e contra marchas”, até que Henrique de Guisa (ou Henrique de Guize) se apoderou do trono de Paris, e na Noite-Boa de 1588, foi assassinado a mando de Henrique III, no mesmo lugar onde quinze anos antes tinha dado ordens para a matança de São Bartolomeu.

Com isto, a situação de Henrique III ficou insustentável e, não tendo o que fazer, foge de Paris e se esconde no acampamento de seu antigo rival, Henrique de Bourbón, que ao menos o reconhecia como o soberano legítimo.

A estada de Henrique III no acampamento de seu antigo rival protestante (agora reconciliados), não dura muito. Logo, um dominicano chamado Jacobo Clemente (ou Jacques Clément) o encontra. Como Henrique de Guize era líder da Liga Católica e foi assassinado por ele, não poderia passar em branco. O dominicano o assassina no dia 1º de agosto de 1589, com a alegação de que, neste caso, o genocídio a um “tirano” era permitido.

Bem, neste momento, dois Henriques, ambos católicos (Henrique de Guize e Henrique III), já estavam mortos. Quem seria, então, o sucessor do trono da França? Como tolerar um rei protestante? Será que ele não vingaria a morte das dezenas de milhares de huguenotes mortos na França?

Henrique de Bourbón é rejeitado pela maioria católica da França, inclusive do papa “… que declarava que a herança dos Bourbóns não era válida.” [17]

A França ainda conviveu com este impasse, por algum tempo, mas os protestantes estavam agora mais aliviados, depois de tanto sangue derramado.

Henrique de Bourbón, percebendo que não conseguiria governar, apesar de ser o legítimo herdeiro do trono, por causa das rivalidades religiosas, e, como para ele, mudar de religião não tinha problema, torna-se católico mais uma vez, e assume o poder como Henrique IV, em 2 de agosto de 1589, mas coroado apenas em 7 de fevereiro de 1594. Seu governo foi próspero, pacífico e longo, um dos melhores reis que a França já teve.

Em seu governo foi assinado o Edito de Nantes, em 1598, que dava liberdade de culto e segurança aos protestantes. A Igreja Católica, no entanto, continuaria a ser a “Igreja de Estado”. Mesmo assim, alguns católicos mais extremistas não concordavam com a posição religiosa do rei – era um falso católico. Para estes “católicos recalcitrantes”, Henrique IV era um “herege”. Em 1610, um destes fanáticos, chamado François de Ravailac, assassina Henrique IV, pondo fim a seureinado.

5.  Cronologia – principais datas:

1517 – Martinho Lutero afixa as 95 Teses na porta da Igreja de Wittenberg, Alemanha, dando início à Reforma Protestante.

1529 – Luís de Berquin, pregador luterano, é queimado vivo por questões teológicas com a Faculdade de Teologia de Sorbonne.

1533 – Data aproximada da conversão de João Calvino, ao Protestantismo. Quem governava a França era Francisco I.

1536 – Calvino, perseguido na França, foge para Genebra, Suíça.

1545 – Início do Concílio de Trento, como uma das medidas da Contrarreforma Católica, para discutir os rumos do Protestantismo e as respostas que seriam dadas a estes hereges. Este concílio dura 18 anos, terminando em 1563.

1547 – Morte de Francisco I e início do reinado de Carlos IX.

1555 – Surge a primeira Igreja Calvinista na França.

1559 – Reunião do primeiro Sínodo Nacional calvinista na França.

1562 – É assinado o Edito de Saint-Germain, por Catarina de Médicis, que estabelecia autorização de cultos aos calvinistas nas regiões rurais da França.

1572 – Ano terrível para os protestantes franceses. No dia 18 de agosto, acontece o casamento entre Henrique de Navarra e Margarida de Valois, também chamada de Rainha Margot. No dia 24do mesmo mês, acontece a famosa Noite de São Bartolomeu, com a morte do almiranteColigny, líder protestante, e cerca de 70 mil seguidores, no decurso do ano.

1574 – Morte de Carlos IX e início do reinado de seu irmão, Henrique de Anjou, o Henrique III.

1588 – Morte de Henrique de Guisa por Henrique III.

1594 – Início do governo de Henrique de Navarra, como Henrique IV.

1598 – Assinatura do Edito de Nantes, por Henrique IV, que dava liberdade de culto aos protestantes franceses.

1610 – Morte de Henrique IV, assassinado por um fanático católico.

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Notas/Referências:

[1] Frase de um Cancioneiro huguenote do século XVI. In:

GONGALES. Justo L. A era dos reformadores. São Paulo: Ed. Vida Nova, 1983, p. 169.

[2] Quadro do huguenote François Dubois (1529–1584), único trabalho seu que sobreviveu. Apresenta dois pormenores do massacre: a) o corpo do líder huguenote Gaspar de Coligny dependurado numa janela, atrás à direita; b) atrás à esquerda, Catarina de Médicis, emerge do Louvre e inspeciona uma pilha de corpos. Imagem disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Dubois. Acesso em 13/05/2014.

[3] Imagem disponível em: http://www.ibamendes.com/2011/10/o-conceito-de-livre-arbitrio-em-joao.html. Acesso em 13/05/2014.

[4] Francisco I ”…era chamado ‘O Pai das Letras’, pois trouxe ao país muitos artistas e artesãos, com isso, elevando de muito o nível intelectual e artístico da França. Leonardo da Vinci morreu em seus braços.” Nota extraída de KRIJANOWSKAIA, Wera.A Noite de São Bartolomeu. São Paulo: Livraria Espírita Boa Nova Ltda, 1998. P.9; (Livro em PDF). Disponível em: http://bvespirita.com. Acesso em 06/05/2014.

[5] “’Huguenotes’ foi a princípio um apelido dado aos protestantes pelos católicos romanos. Sua origem foi a seguinte: Os protestantes de Tour costumavam reunir-se à noite no portão do palácio do Rei Hugo. O povo do lugar cria que o espírito do rei Hugo perambulava durante a noite. Um monge dissera num sermão que os protestantes deveriam ser chamados huguenotes, que significa parentes de Hugo porque se pareciam com ele por andarem somente à noite”. Nota de Rodapé. In: NICHOLS, Robert Hastings. História da Igreja Cristã, 6ª ed. São Paulo: Casa Ed. Presbiteriana, 1985. p. 169.
[6] Acordo conhecido como Edito de Saint-Germain, que estabelecia, entre outras medidas, autorização de cultos aos calvinistas, desde que fossem realizados nos meios rurais e não nas cidades. Apesar desta limitada participação dos huguenotes nos territórios franceses, a Família Guise não concordou e continuou com sua política de intolerância religiosa. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Edito_de_Saint-Germain. Acesso em 08/05/2014.
[7] “Paz de Amboise”. Mais um acordo de paz que não durou. Disponível em:http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/10545/hoje+na+historia+1563++paz+de+
amboise+poe+fim+a+primeira+guerra+entre+catolicos+e+protestantes.shtml. Acesso em 08/05/2014.

[8] NICHOLS, p. 176 (Veja Nota 1).
[9] Revista Super Interessante, abril de 1995. Disponível em:  http://super.abril.com.br/cultura/fantasmas-sao-bartolomeu-filme-rainha-margot-441082.shtml. Acesso em 12/05/2014.

[10] Conforme dados extraídos de: NICHOLS, p. 168, e do artigo A Noite de São Bartolomeu, do jornalista JoséDonizettiMorbidelli, 2007. In: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/482234. Acesso em 12/05/2014.

  [11] NICHOLS, p. 106-107.

[12] “No sentido corrente, Vulgata é a tradução para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século IV e início do século V, por São Jerónimo, a pedido do Papa Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Católica e ainda é muito respeitada.” In: http://admd.no.comunidades.net/index.php?pagina=1269272668_11. Acesso em 12/05/2014.

[13] NICHOLS, p. 187.

[14] KRIJANOWSKAIA, 1998. Dados recolhidos de Os Huguenotes, de Otto Zoffe. Histoire de France, Ed. Larousse…

[15] Idem.

[16] GONZALEZ, 1983. P. 179.

[17] GONZALEZ, 1983. p. 181.


Publicado por: Alcides Barbosa de Amorim

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