Whatsapp

A Cognição Histórica em Fontes Imagéticas: Como anda a nossa visão?

Como anda a sua visão sobre as imagens históricas? clique e saiba mais!

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Uma vez, na casa de um amigo meu, analisamos um texto de um livro didático de História e ele me perguntou sobre uma imagem de soldados. Ele me perguntou se os soldados eram nazistas. Falei que não e perguntei o porque. Ele me disse que o símbolo do emblema da farda deles era parecido com a dos nazistas. Disse que o símbolo era a representação dos soldados de Antônio Oliveira Salazar, porém, eu só soube disso porque eu li a legenda referente a imagem. E caso eu não lesse!? Iria saber disso? Com certeza não. Logo, acabei me parando para refletir como anda a minha cognição histórica nesse sentido, mas obviamente que eu quis saber de outras pessoas também, pois eles(as) poderão vir a ser meus(as) alunos(as) amanhã.

Ontem numa rede social bastante conhecida fiz o que chamei de teste de cognição histórica. Colo a foto da suposta suástica nazista e pedi para que eles respondessem três perguntas:

1- Que Imagem é essa mostrada logo abaixo?(No caso a suástica do Nazismo)
2- Como você sabe disso?
3- Caso você aprendeu algo sobre através de livros didáticos, ou documentários, imagine que você nunca tivesse aprendido sobre essa questão antes, e que muito menos você tem acesso à televisão e ao livro didático. Então...como você faria para aprender sobre o significado desse símbolo, caso houvesse oportunidade e levando em conta, se possível, o contexto social e temporal o qual esse símbolo se insere?

Muitas pessoas responderam que era a suástica do nazismo e que aprenderam sobre isso em sala de aula. No final eles disseram que caso não tivessem aos livros didáticos e aos documentários, eles buscariam isso com alguém que tivesse conhecimento sobre. Perguntei também se eles usariam como ponto de chegada essa informação dita por alguém para a sua conclusão. Algumas pessoas disseram que não, que pelo fato de serem curiosos iriam buscar respostas por si mesmo. Em alguns casos como de um rapaz que me disse que o símbolo era hindu, ele me falou que soube disso graças a uma loja hindu com o símbolo da suástica do hinduísmo. No final ele reconheceu que ele só chegou a essa conclusão devido ao método comparativo da fonte, e que a mesma fonte que coloquei em meu teste não diria isso para ele.Outras questões foram postas também e serão discutidas em breve.

Acredito, portanto, que além de entendermos o contexto do autor a cerca da ideia que ele deseja transmitir, é importante que nós, professores e alunos de história, possamos esquecer que existem palavras e que há somente figuras no livros. O que entenderíamos apenas ao olharmos as figuras? Será que poderíamos chegar a conclusões simbólicas apenas olhando uma mesma imagem? Esse exercício visa entender e se possível, analisar a metodologia usada por um aluno para encontrar respostas para suas perguntas. Pois acredito que o básico da história é a pesquisa, a investigação de fato. Não apenas se prender ao que já foi dito antes através de decorebas.

Com isso encerro a minha fala e prometo com mais paciência colocar figuras e imagens do meu teste. Vale lembrar também que o meu experimento virtual ainda continua.

 

Carlos Mizael dos Santos Silva

Graduando de História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=460688054009126&set=a.132398136838121.31833.100002038061650&type=1&theater

 


Publicado por: Carlos Mizael dos Santos Silva

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.