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O professor

Nenhuma profissão seria possível sem a existência do professor. Entenda por quê!

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“Menino, quem foi seu mestre? - Meu mestre foi Salomão, a ele tenho respeito, dever e gratidão...”. O trecho do canto de capoeira expressa, de modo poético, uma relação aluno-professor; como ocorre quando o ensinamento é valorizado por quem recebe e ministra. Da complexidade do letramento à de um pós-doutorado, a figura do mestre que orienta e inspira é importante, essencial. Reconhecido com glórias acadêmicas ou com uma flor de jardim, até mesmo não reconhecido, o valor do professor é imenso, não haveria civilização se não houvesse quem propagasse o conhecimento. Em todos os extratos sociais há segmentos doentes de violência e descrença; mas em todos eles, às vezes ameaçado, às vezes agredido, permanece o professor cumprindo seu dever, ensinando, educando, tentando.

No mês do professor convém lembrar que nenhuma profissão seria possível sem sua existência: todos atuam em função dos ensinamentos recebidos, seja na formalidade de uma escola, seja na informalidade de conhecimentos da organização de uma casa, ou dos ofícios aprendidos com artesãos ou práticos dos diversos saberes não oficializados. Sempre houve alguém com paciência, empenho e solidariedade disposto a dividir sua ciência, trabalhar com a gestão do conhecimento, com a possibilidade de afloramento ou expansão das potencialidades do outro, do mais carente, do mais necessitado de conhecimentos técnicos específicos ou de noções de convivência social e profissional.

Um mestre ensina bem mais que apenas sua matéria; ensina também uma forma de resolver problemas, uma maneira de relacionar-se com o mundo, uma regra de convivência com os demais. Seja na formalidade das disciplinas, ou na informalidade do relacionamento interpessoal, seu exemplo de condução dos afazeres diários instrui bem mais que imaginamos num primeiro momento, pois transmite as normas comportamentais e cognitivas de toda a comunidade. Aprender é resultado de mudança, e pode ocorrer na alteração da capacidade motora, quando treinamos fisicamente algumas atividades; na capacidade intelectual, quando estudamos profundamente algum assunto; mas também na dimensão afetiva, ou seja, fora das ações formais da aprendizagem.

Aprende-se por imitação, por admirar certos modelos, e assim o docente, ao lado dos pais, exerce papel fundamental, constituindo modelo de procedimento que norteará a vida dos educandos.

Arquimedes de Siracusa, no século III a.C. afirmou: “Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e moverei o mundo”. A Educação é uma alavanca capaz de mover o mundo, mas é necessário ter em mente que o ponto de apoio não é a própria alavanca. O ponto de apoio é sempre algo que, parte indispensável do sistema, está fora dele, fora de cada um de nós mesmos; é a sociedade, referencia externa, sem a qual tornamo-nos autorreferentes, e perdemos contato com a realidade. É preciso educar para a liberdade, para o esforço intelectual, para a responsabilidade, orientando para a cidadania. Este é o verdadeiro ofício do professor.

 Wanda Camargo – educadora e assessora da presidência das Faculdades Integradas do Brasil – UniBrasil.


Publicado por: Central Press

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