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A importância do fazer pedagógico no processo ensino aprendizagem e a intervenção do psicopedagogo.

A importância do trabalho pedagógico qualificado que enfatiza a aprendizagem da criança.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Resumo: O objetivo central desse trabalho de investigação visou identificar a importância de um trabalho pedagógico qualificado e voltado para o processo do desenvolvimento da aprendizagem de crianças do ensino fundamental. A ênfase na reflexão e construção do mesmo instrumento buscou entrelaçar a constituição de veículos de qualidade no desenvolvimento, na aprendizagem e na intervenção do psicopedagogo; considerando a aprendizagem como um processo articulado entre: o momento do aprendiz, a sua história e as suas possibilidades sob os aspectos cognitivo, afetivo e social.

A responsabilidade dos educadores na formação holística dos educandos no processo ensino aprendizagem representa uma outra temática no artigo, apontando para o aprofundamento da reflexão como proposta de (re)pensar os fazeres inerentes a trama pedagógica.

A questão do fazer pedagógico tem sido bastante discutido pelos educadores preocupados, sensíveis e comprometidos com a promoção expressiva dos seus alunos, na perspectiva de favorecer o surgimento de atores autônomos, críticos e criativos na sociedade local e planetária. Segundo FREIRE (1996, p.45) “o que importa, na formação docente, não é a repetição mecânica do gesto, este ou aquele, mas a compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do desejo, da insegurança a ser superada pela segurança do medo que, ao ser educado, vai gerando a coragem”. A coragem do uso social do conhecimento como mecanismo de (re)construção do meio e dos pensamentos que fazem emergir uma sociedade diferente, fomentadora das necessidades mais urgentes de seus partícipes.

Portando, uma educação de qualidade está diretamente condicionada ao fato do professor compreender que o seu fazer pedagógico é também determinante para desenvolver o intelecto dos alunos e por via de conseqüências as dimensões sociais.

Para fazer essa relação do professor pedagógico com o processo de ensino e aprendizagem, é imperativo falar sobre as práticas educacionais, vez que o professor competente poderá organizar uma ação adequada para as reais necessidades dos alunos.

Práticas Educacionais

Segundo Zabala (1998, p.13) “Um dos objetivos de qualquer bom profissional consiste em ser cada vez mais competente em seu ofício. Geralmente se consegue esta melhoria profissional mediante o conhecimento e a experiência: o conhecimento das variáveis que intervêm na prática e a experiência para dominá-las”.

É importante que os educadores internalizem a convicção de que um trabalho mantenedor de bons resultados acontece quando sua dedicação é total, limitado não somente em sala de aula junto aos seus alunos, mas na procura para inovar a sua prática.

O saber não chega sem a procura, e os docentes precisam se conscientizar de que o fazer pedagógico só tem eficiência quando mudamos nossa prática educativa buscando atender as necessidades reais e urgentes dos nossos alunos. Para Zabala (1998), (..) a melhoria de nossa atividade profissional, como todas as demais, passa pela análise do que fazemos, de nossa prática e do contraste com outras práticas.

Segundo Tardif (2002, p. 118), “ao entrar em sala de aula, o professor penetra em um ambiente de trabalho construído de interação humana.”

Um dos grandes desafios dos educadores é penetrar no mundo real dos alunos, isso acontece quando o aluno consegue acreditar no trabalho que os mesmos realizam na co-autoria de seus fazeres.

O fazer pedagógico de qualidade protocola os alunos, eleva sua auto-estima, fazendo o próprio educando confiar em suas potencialidades e apesar de muitos virem de uma realidade social cruel, somente através do trabalho desenvolvido pelo professor conseguem acreditar que é possível mudar sua qualidade de vida.

O ensinamento que na sua prática busca a melhoria social e intelectual dos seus alunos, acredita que os mesmos são capazes de reescrever sua própria história.

Processo de ensino e aprendizagem

É no contato com a primeira sociedade “família” que a criança tem suas primeiras aprendizagens. Nesse contato a criança cria seu próprio estilo de aprendizagem, que terá modificações à medida que a mesma tenha convívio com outros contextos. Segundo Almeida (1999, p.48):

“Cada estágio da afetividade, ou seja, as emoções, o sentimento e a paixão, pressupõem o desenvolvimento de certas capacidades, em que se revelam um estado de maturação. Portanto, quanto mais habilidade se adquire no campo da racionalidade, maior é o desenvolvimento da afetividade.”

Vê-se com isso que o inicio da aprendizagem humana se dá no âmbito familiar, e depois no social e na escola, ou seja, observa-se que existe um conflito quando a criança deixa o convívio familiar e é inserido na escola.. Nos dias iniciais do contato escolar, muitos alunos sofrem e outros não; em muitos casos os professores não são compreensivos e receptivos, prejudicando a vida acadêmica e o asco de certos alunos por determinadas disciplinas, aumentando o índice do insucesso escolar .

Existem outros fatores que prejudicam o processo ensino aprendizagem: crianças que são indisciplinadas, pais que ameaçam os filhos, fazendo com que os mesmos não se lembrem do que estudou cognitivo, afetivo e social, comprometidos.

As dificuldades em aprender ler e escrever, podem ser advindas de uma desestrutura no processo educacional ao longo da história pessoal do sujeito, tornando-se necessário um resgate no processo de ensino aprendizagem, alertando os educadores e os pais sobre a incompreensão de problemas como a leitura e escrita. Domínio do código letrado e seu uso social.

É papel da instituição escolar encaminhar essas crianças com dificuldades a especialistas, no sentido de identificar, historiar e intervir nos problemas existentes, ajudando as crianças a superarem os mesmos. Existem dois:

O psicopedagogo institucional, aquele que trabalha no ambiente escolar, ocupando-se de crianças e adolescentes que evidenciam dificuldades de aprendizagem, além de orientar os pais.

O psicopedagogo clínico, que pode atender crianças também com problemas escolares com intervenção mais acentuadas.

Esses profissionais estão preparados para a prevenção, associado diagnóstico e o tratamento dos problemas da aprendizagem escolar. Com o diagnóstico clinico ou institucional identifica-se a causa do problema através de testes e atividades pedagógicas (história, jogos, etc).

O psicopedagogo dentro da escola vai atuar junto aos professores, visando à melhoria do processo ensino aprendizagem.

Conclui-se que a psicopedagogia, pode fazer um trabalho associado aos muitos profissionais com vias ao desenvolvimento da criança, bem como, pode contribuir para que os alunos sejam capazes de olhar esse mundo em que vivem, de interpretá-lo e de nele ter condições de interferir com segurança e competência. Assim o psicopedagogo não só contribuirá com o desenvolvimento da criança, mas contribuirá com a evolução de um mundo que melhore as condições de vida planetária, contribuindo para a formação do sujeito holístico.


Publicado por: MARGARIDA ROSA FERRAZ

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.