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Imagens da educação atual

Você já parou para pensar como está a Imagem da Educação Atual? Confira sobre o tema.

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Refletindo a maneira como a escola, o professor, o ensino e a formação dos professores vêm se apresentando e repensando o papel da escola na sociedade e novos preceitos a se pensar para alcançar a educação que queremos.

A escola nos últimos anos vem sendo assoberbada de funções (missões) sociais, algumas instituições veem tanto nisto seu papel, que acabam deixando em segundo plano a sua função primordial que a é a aprendizagem. É claro que não se pode esquecer do compromisso social da escola, mas tão pouco se pode deixar de lado o seu maior objetivo que é a aprendizagem de todos.

Atualmente, o professor regressou ao foco de destaque no campo educacional. Isto faz urgir a necessidade dos docentes assumirem sua profissionalização, também em espaços públicos, sendo ele o comunicador com a sociedade, assumindo a função de representar-se, expondo seus anseios, necessidades e trabalho que desenvolve, não esperando e deixando apenas que entidades, estudiosos, investigadores em educação e políticos falem por ele. Alias, estes nem estão dentro da realidade escolar, mas falam e decidem pelos educadores.

Teoria e pratica devem caminhar juntas e a partir da reflexão sobre as experiências e praticas deve ocorrer o desenvolvimento do trabalho docente, este baseado na busca de uma aprendizagem que sirva para o sucesso de todos, com um ensino-aprendizagem verdadeiramente para todos.

Sabe-se que é preciso que o professor seja reflexivo, que a escola seja ativa e consciente de seu papel, que se envolva os pais, como nos fala Isabel Alarcão, em seu livro Professores Reflexivos em uma escola reflexiva. Que é necessário uma educação critica, criativa e emancipatória, como nos dizia Paulo Freire. Um ensino inclusivo, que rompe com barreiras, como exposto no livro Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”-de Carvalho. Um currículo flexível, com uma base comum e uma parte diversificada, que abranja conteúdos e temas significativos para o aluno. Uma educação multiculturalista- Gonçalves, que valorize uma cultura de paz, o respeito, sem discriminação ou preconceito, como nos diz Muganga, em suas reflexões expostas em A questão do Negro no Brasil de hoje. Que a avaliação seja ponto de inicio e não de chegada, sendo contínua e sistemática, como diz Jussara Hoffamann.

É importante praticas de ensino interdisciplinares, que se persista a tão sonhada trandiciplinariedade-fala de Fazenda. Uma aprendizagem de sentido para o aluno e que esteja de acordo com o contexto do educando, tendo um enfoque globalizador, permitindo que o aluno amplie seus conhecimentos de mundo- é essencial segundo Zabala. Um ensino que possibilite aos educandos o desenvolvimento de habilidades e competências, para que este saiba mobilizar saberes para resolver situações-Perrenoud.

A LDB, coloca como objetivo da educação escolar a formação para a cidadania e para o mundo do trabalho, e como principio a livre escolha de concepções pedagógicas. Expõem ainda que a educação é direito de todos. Mais do que assegurar um ensino para todos, é preciso assegurar uma aprendizagem para todos, pois mesmo hoje em dia, pleno século XXI, existe ainda a ideia de que o sucesso escolar é para alguns e que o fracasso escolar já esta designado a outros. É preciso atender a demanda diversificada de alunos de hoje com qualidade, dando iguais oportunidades de construir conhecimentos, efetivando o conceito de equidade.

O educador independente da concepção teórica, a qual é adepto deve buscar a reflexão de sua práxis, de sua experiência, analisando e fazendo parcerias colaborativas com outros professores e outros profissionais para melhor desenvolver seu trabalho. Tendo em vista, seu papel em sala de aula como de organizador das aprendizagens, mediador entre conhecimento e alunos, e não mais de mero transmissor, possibilitando que os alunos aprendam a construir seu próprio conhecimento de forma autônoma, sabendo pesquisar, analisar, comparar, refletir e agir em sua realidade, buscando transformá-la.

É preciso que o educador administre sua formação continuada e busque sempre atualizar-se, pois na era da informação e da comunicação, na qual estamos, é indispensável que o educador esteja sempre na busca por novas metodologias e instrumentos que possam tornar melhor e mais eficiente suas aulas.

Importante, também, que a formação docente se de dentro da profissão, no contato com a realidade escolar, que haja a troca de experiências entre educadores, para que se faça uma reflexão e busque-se meios para alcançar a aprendizagem de todos, ou seja, é preciso embasar a teoria na prática.

Antonio Novoa, nos diz que o professor deve embasar-se não apenas em teorias “mais antigas”, mas postuladas , como as de Piaget e Vygotsky, mas busquem instrumentalizar-se em novos conhecimentos que também contribuem para o trabalho pedagógico, como a neurociência e outros estudos que acabam não recebendo a atenção que merecem. Castorina, no seu livro Piaget e Vygotsky: novas contribuições para o debate, mostra que é possível ser Piagetiano e ao mesmo tempo ter como eixo a mediação social, então, porque não ir além? Abranger em nosso trabalho outras vertentes teóricas, outros estudos contemporâneos, isso só irá enriquecer nossa práxis.

Na verdade sabe-se o que é preciso, o que falta é o “agir”, é a ação, o fazer o ato educativo como o queremos de fato, mas para isto é preciso compromisso e comprometimento social de todos com a escola e principalmente do professor com o sujeito que se pretende formar, é preciso ações comprometidas em abrir novos futuros, mobilizar-se em razão da causa.

Não é mais permissível que o educador permaneça só nos discursos, ideias e “modismo”-termo usado por Celso Vasconcellos, é preciso responsabilizar-se com o sistema educacional, com alunos, buscando não apenas uma educação com o objetivo de que o sujeito supere desvantagens sociais- como expõem Méskáros, em seu livro: A Educação para além do capital-mas que sirva para que o aluno desenvolva sua autonomia, sua identidade enquanto sujeito histórico, critico, ativo, reflexivo e consciente de seu papel no mundo. Para tudo isso, é indispensável bons professores, comprometidos com seu papel, para que tenhamos uma escola eficiente para enfrentar os desafios deste século.


Publicado por: Estela Simoes

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.