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Novo Século, Novos Líderes, Novas Ferramentas

Conheça a nova ferramenta que a população mundial está usando para modificar o mundo e quebrar antigos tabus.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Até os meus 17 anos de idade, via com certa inveja quando assistia na televisão ou escutava meus pais falarem sobre o período no qual eles foram a revolução viva onde derrubaram a ditadura militar, fomentaram o movimento “diretas já” e o impeachment do então presidente Fernando Collor. Todavia, por mais de uma década vi e convivi com uma geração pragmática, sem ação, presas ao individualismo e aos seus interesses, esquecendo assim das mazelas sociais políticas e econômicas de nosso país.

Parecia que essa seria a nova realidade e que aquele meu sonho de transformar o mundo em um ambiente melhor e mais justo se tornará cada vez mais distante e utópico, porém, de uma forma livre e espontânea a juventude começa a novamente protagonizar o papel que sempre foi seu, modificar o mundo e quebrar antigos tabus, agora por meio de uma nova ferramenta, as redes sociais da internet.

É por meio dessas redes “twiter” e “facebook” que nós jovens estamos nos mobilizando. Exemplo disso ocorreu no Egito, no início deste ano onde no dia 11 de janeiro, milhares de pessoas se reuniram na Praça Tarhir com o objetivo de retirar do poder o ditador Mubarak que já estava no cargo há 30 anos. Nessas manifestações civis não havia um palanque cujo lideres se revezassem, mas sim, carros de som onde quem desejasse falar poderia fazê-lo, desde que aceitasse entrar na fila sem qualquer privilégio. Todos iguais. Todos em rede. No entanto, o Egito foi apenas o pioneiro dessas transformações, a partir dele os movimentos se propagaram pelo Iêmen, Irã, Líbia cujo movimento dos “rebeldes” contra as forças do ditador Muamar Kadaf persistem até os dias de hoje e até a desenvolvida Europa, atingindo Grécia e Espanha.

Da mesma forma o nosso país também foi contagiado com esses movimentos, principalmente em Natal, capital do Rio Grande do Norte onde o movimento “Fora Micarla” vem prosperando e este já conseguiu a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito para investigar possíveis fraudes em contratos da prefeitura referentes a alugueis de imóveis. Além disso, a última manifestação oficial do movimento na Avenida Roberto Freire contou com aproximadamente 5.000 pessoas segundo os organizadores.

Porém, não só os movimentos políticos são o foco de nós jovens, mas também, os sociais, com a marcha da maconha, que em sua última manifestação reuniu 18.000 pessoas por mais de 40 cidades brasileiras apoiados por mais de cem e entidades, a parada gay que tem por objetivo a igualdade e o fim da homofobia, a marcha para cristo e inúmeros outras manifestações.

Além do mais comprovando as mudanças anteriormente citadas, segundo a pesquisa “Sonho Brasileiro” pelo Instituto Viva Rio com mais de 2.900 jovens afirma que dos indivíduos entrevistados, 77% acreditam que seu bem-estar depende do bem- estar da sociedade, e apenas 5% dos entrevistados têm por objetivo profissional enriquecer.

oO mundo mudou de uma forma tão impactante nas últimas décadas que não é mais compreensível que a política e a sociedade continuem pautadas pela lógica das relações verticais e dos partidos políticos. Em suma, não há mais um líder regido por partidos, mais sim, pessoas comuns amparadas pelas redes sociais criando e recriando seus próprios ideais e moldando um novo jeito de se fazer política e justiça social. Hoje, os partidos são analógicos, a realidade é digital e a liberdade de expressão é a chave para novas transformações.


Publicado por: Arthur Amaral de Souza Luz

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