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Violência Escolar e Bullying: O papel da Família e da Escola

As consequências da violência para a comunidade escolar.

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Resumo:

O presente artigo consiste em uma revisão bibliográfica sobre a violência escolar, trazemos o conceito de bullying, as consequências dessa violência para a comunidade escolar. Para tanto usamos como referencial teórico autores que retratam esta temática como: Constanatini (2004); Fante (2005); Lopes Neto (2005) Fante e Pedra (2008); Guareschi (2008), Pereira (2009) dentre outros. Apresenta-se uma reflexão sobre a contribuição da família e da escola na minimização deste tipo de violência.

Palavras - Chave: Bullying, Família, Escola.

INTRODUÇÃO

A violência aumenta a cada dia em nossa sociedade, geradora de uma série de consequências na vida de pessoas e seus familiares. Tal situação afeta diretamente o seio familiar influenciando na questão educacional dos filhos. As fronteiras da violência no tempo e no espaço se tornam difíceis de serem definidas. É por isso que, muitas vezes, a violência pode ser confundida com agressão e indisciplina, quando se manifesta na esfera escolar. A violência no ambiente escolar têm um tipo identificado como bullying sendo um dos comportamentos agressivos observados atualmente no ambiente escolar.

Para Constatini (2004) o bullying “é um comportamento ligado à agressão verbal, física ou psicológica que pode ser efetuada tanto individual quanto grupalmente”. O bullying é um comportamento próprio das relações interpessoais, em que os mais fortes convertem os mais frágeis em objetos de diversão e prazer através de “brincadeiras” que disfarçam o propósito de maltratar e intimidar.

Monteiro (2008) afirma que o bullying não é um fenômeno moderno mais apenas agora vem sendo reconhecido como causador de danos e merecedor de medidas especiais para a sua prevenção e enfrentamento, pois no cotidiano escolar enfrentam-se complexas questões sociais, no qual o conhecimento pedagógico não consegue enfrentar sozinho, precisando de saberes de outros técnicos.

Bullying é uma palavra de origem inglesa, que foi adotada por diversos países para conceituar alguns comportamentos agressivos e anti-sociais e é um termo muito utilizado nos estudos realizados sobre a problemática da violência escolar, que afirma Fante (2005, p. 21), acontece de forma velada, por “meio de um conjunto de comportamentos cruéis, intimidadores e repetitivos, prolongadamente contra uma mesma vítima” e com grande poder destrutivo, pois fere a “área mais preciosa,íntima e inviolável do ser- a alma”. O bullying vem se disseminando nos últimos anos”, tendo como resultados os nefastos massacres em escolas localizadas nas mais diversas partes do mundo”, incluindo o Brasil.

O bullying é um fenômeno antigo, porém, só a partir da década de 70 foram realizados estudos sobre essa temática. A sociedade sueca foi uma das primeiras a estudar esse tipo de comportamento, que se estenderam os outros países escandinavos (FANTE, 2009). É descrito como abuso sistemático de poder, pois são comportamentos agressivos exercidos por um ou mais indivíduos sobre outros e identifica-se pela intencionalidade de magoar alguém (SMITH SHARP, 1994 apud PEREIRA, 2002).

Na Noruega, durante vários anos, esse tema ganhou notoriedade nos meios de comunicação e nas discussões entre pais e professores, mas sem contar com o apoio das autoridades educacionais. Em 1.983, no norte do país um fato mudou essa realidade: três crianças, com idades entre 10 e 14 anos, se suicidaram e com toda probabilidade, em decorrência da vitimização bullying. Essa tragédia gerou grande reação da sociedade, resultando numa campanha nacional contra os maus-tratos escolares. No final dos anos oitenta e início dos anos noventa, o fenômeno atraiu a atenção pública e mobilizou estudos em outros países, como Japão, Inglaterra, Países Baixos, Espanha, Portugal, Canadá, Estados Unidos e Austrália (FANTE e PEDRA, 2008).

No Brasil, como reflexo dos estudos europeus, no ano de 2.000, na região de São José do Rio Preto, iniciou um trabalho de conscientização de pais e professores, despertando a atenção dos meios de comunicação. Atualmente em Brasília, existe o Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar (Cemeobes), que tem como objetivo de atuar na orientação e prevenção do fenômeno. Em junho de 2006 houve em Brasília o “I Fórum Brasileiro sobre o Bullying Escolar” realizado pelo Cemeobes (FANTE, 2005).

Segundo dados do Cemeobes, o bullying atinge cerca de 45% dos estudantes do ensino fundamental no país (FETEMS, 2009). Fante (2005) considera que um dos ambientes mais preocupantes dessa prática é o escolar, visto que as crianças e os adolescentes ainda não possuem a personalidade totalmente formada, não possuindo amadurecimento suficiente para lidarem com as consequências do bullying.

A escola é o ponto de referência e o lugar de fazer amigos de crescer juntos, além dos estudos eles conversam, jogam, riem, brincam, em cenas assim parecem apenas jovens num intervalo entre aulas, mas muitas vezes não é o que parece. Nas escolas pais, educadores, estão preocupados com a violência entre adolescentes além de agressões físicas surge uma nova prática mais sutil e cruel bullying que vem ocupando espaço privilegiado nesse meio.

A preocupação com a violência no ambiente escolar, segundo Spósito (2001) emergiu nos estudos acadêmicos brasileiros a partir da década de 1980, ou seja, parece que a preocupação com a barbárie e o compromisso com a educação contra a violência são muito recentes no Brasil.

De acordo com as autores Abramovay e Rua (2003) a violência escolar é um fenômeno antigo em todo problema social podendo ocorrer, conforme já classificado pela ciência e adotado pelo senso comum, como indisciplina, delinqüência, problemas de relação professor-aluno ou mesmo aluno-aluno.

Calimam (2006) nos mostra que quem frequenta a escola nos nossos tempos são crianças e adolescentes de extrações sociais diversas cada um deles com uma história pessoal que para alguns regulares, mas para outros caracterizados por situações de risco, marcada por fracassos, desvantagens, mal-estar e sofrimento dos mais diferentes tipos.

Visto que é impossível impedir que a realidade contextual envolva as salas de aula, considera-se a urgência de ponderar necessidades e direitos de uma gama de estudantes em situação de desvantagem e risco social cuja principal variável refere-se a desigualdade social e desembarcar em inúmeras dificuldades como, baixo rendimento escolar, manifestações de hostilidade, adaptação ao próprio papel de estudantes e interação social.

O comportamento agressivo entre estudantes é um problema universal, tradicionalmente admitido como natural e frequentemente ignorado ou não valorizado pelos adultos. Estudos realizados nas duas últimas décadas demonstraram que a sua prática pode ter consequências negativas imediatas e tardias para todas as crianças e adolescentes direta ou diretamente envolvidos (LOPES NETO, 2005).

O bullying, segundo Pereira (2002), representa uma forma séria de comportamento antissocial que, pela sua duração, pode prejudicar o desenvolvimento da criança, tanto imediatamente como a longo prazo, e pode contribuir para o maior envolvimento dos “ullbies activos” em comportamentos casuais. Constantini (2004) explica que o bullying não são conflitos normais ou brigas que ocorrem entre estudantes, mas “verdadeiros atos de intimidação preconcebidos, ameaças, que, sistematicamente, com violência física e psicológica, são repetidamente impostos a indivíduos particularmente mais vulneráveis e incapazes de se defenderem, o que leva no mais das vezes a uma condição de sujeição, sofrimento psicológico, isolamento e marginalização” (p. 69). O bullying escolar segundo (GUARESCHI, 2008, p. 17):

É um fenômeno devastador, podendo vir a afetar a auto-estima e a saúde mental dos adolescentes, assim como desencadear problemas como anorexia, bulimia, depressão, ansiedade e até mesmo o suicídio. Muitas crianças vitimas do bullying desenvolvem medo, pânico, depressão, distúrbios psicossomáticos e geralmente evitam voltar a escola quando esta nada faz em defesa da vitima.

Lopes Neto (2005) destaca, além do caráter repetitivo do bullying, encontrado em Fante (2005) e em muitos outros pesquisadores, também tem o seu caráter intencional e sem motivação evidente, assim como a desigualdade de poder entre os envolvidos. Para o autor, o bullying.

Compreende todas as atividades agressivas intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, sendo executados dentro de uma relação desigual de poder. Essa assimetria de poder associada ao bullying pode ser conseqüente da diferença de idade, tamanho, desenvolvimento físico ou emocional, ou do maior apoio dos demais estudantes (LOPES NETO, 2005 p.165).

O bullying se manifesta através de insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, tomar pertences, meter medo, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, que segundo Fante (2005, p.29), “é um comportamento cruel e intrínseco das relações interpessoais, em que os mais fortes convertem os mais frágeis em objetos de diversão e prazer, através de brincadeiras que disfarçam o propósito de maltratar e intimidar”.

Segundo a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à infância e a Adolescência (ABRAPIA) a definição de bullying seria os comportamentos que:

[...] compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima (ABRAPIA apud NUNES, HERMANN e AMORIM, 2009, p. 11932).

Para o agressor, os atos de bullying são divertidos porque humilham a pessoa vitimada. Quando esta aceita de forma pacífica, torna-se alvo de chacota também para outros alunos. O agressor se sente bem, pois para a sua turma ele é “o poderoso”, ele se satisfaz ao ver o riso dos colegas ou muitas vezes se sentem vingados pelas agressões ou humilhações que sofrem em outros ambientes, entre eles, o familiar ou simplesmente porque a educação que recebem dos pais serve de incentivo á violência e ao sadismo, neste caso dando-lhe prazer ao ver o sofrimento da sua vítima (FANTE, 2008).

As agressões do bullying são consideradas gratuitas por que a pessoa vitimada, geralmente, não cometeu nenhum ato que motivasse as agressões. Geralmente acontece por motivos discriminatórios, por exemplo, ser de etnia diferente, ser um bom aluno e tirar boas notas, ser frágil ou muito pequeno, usar óculos, possuir atitudes afeminadas para os homens ou masculinizadas para as mulheres, ou seja, por seu porte físico, suas atitudes e valores, entre muitos outros (FANTE, 2008).

Antunes e Zuin (2008) consideram que este é novo um tipo de violência escolar que vem sendo estudado no Brasil nos últimos anos, denominado bullying. Apresentam a descrição inicial dos comportamentos enquadrados, suas classificações, causas e determinantes fazendo também uma análise crítica.

E ainda como afirma Martins (2005) vários são os conceitos existentes que envolvem a violência na escola, entre eles distúrbio de conduta e bullying, conceitos estes decorrentes de estudos realizados em diversas partes do mundo, revelando-se uma das grandes preocupações da sociedade atual.

As consequências do bullying sobre o ambiente escolar afetam todos os envolvidos. As crianças que sofrem bullying poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamentos (BALLONE, 2005). De acordo com Fante (2002) muitas vítimas passam a ter baixo desempenho escolar, apresentam queda no rendimento, déficit de concentração, prejuízos no processo de aprendizagem, resistência ou recusa a ir para a escola, trocam de colégios com freqüência ou abandonam os estudos.

O bullying “compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outros, causando dor e angústia e executadas dentro de uma relação desigual de poder, torna-se possível à intimidação da vitima” (LOPES; SAAVEDRA, 2003 apud FANTE; PEDRA, 2008, p. 33).

A palavra bullying segundo Fante (2008) pode ser traduzida como valentão, tirano, brigão. Como verbo bully significa tiranizar, amendrontrar, brutalizar, oprimir então o substantivo bullying descreve o conjunto de atos de violência física ou psicológica.

Meninos e meninas possuem educação diferenciada, pois os meninos necessitam confirmarem constantemente sua masculinidade por meio de atos agressivos e as meninas precisarem comprovar sua feminilidade, é menos provável que elas comentam atos agressivos, optando assim por outras formas de violência. A ocorrência do bullyingé observada com diversas peculiaridades, pois em meninos ocorre em idade escolar, que de forma direta, mostram comportamentos como agressões físicas, ameaças, roubos, ofensas verbais, entre outros. Já os meninos estão mais envolvidos no bullying, tanto como autores quanto como alvos, observa Leite (1999) que nesse gênero o bullying é mais físico.

Já no caso de meninas o bullyingse dá de forma indireta e mais sutil, sendo que esse grupo se utiliza de fofocas, boatos, intrigas e exclusão do grupo de amizades. As meninas para se esquivarem da desaprovação social se escondem sob uma fachada de doçura para se magoarem mutuamente em segredo. Elas passam olhares dissimulados e bilhetes, manipulam silenciosamente o tempo todo, encurralam-se nos corredores, dão as costas, cochicham e sorriem. Esses atos, cuja intenção é evitar serem desmascaradas e punidas, são epidêmicas em ambientes de classe média.

Simmons (2004, p.11), ainda afirma que o bullyingfeminino se manifesta da seguinte forma, “as meninas usam a maledicência, a exclusão, a fofoca, apelidos maldosos e manipulações para infligir sofrimento psicológico nas vitimas”. Esse comportamento ocorre frequentemente e atacam dentro de seu círculo de amizades, dessa forma há uma maior dificuldade de detecção do comportamento agressivo contra seus pares.

Outra característica dos autores do bullyingsão que geralmente esses possuem uma condição física forte, estes então usam da força contra aqueles considerados mais fracos e covardes (RAMIREZ, 2001 apud FARIA, ANGST e MOSER, [200-]).

Podemos considerar após a citação e estudo de vários autores, a seguinte declaração de Greene (2006 apud ROLIM, 2008, p. 13)

A maior parte dos autores tem, contemporaneamente, tratado o bullying, como um comportamento agressivo e perigoso, particularmente disseminado nas escolas entre crianças e adolescentes, onde alguém oferece, conscientemente e de forma repetitiva, algum tipo de dano ou desconforto a outra pessoa ou a um grupo de pessoas. Tornou-se comum, também, compreender o fenômeno como resultado de uma relação onde o poder está atribuído de forma desigual, sendo os agressores mais fortes ou influentes do que as vítimas.

Lopes Neto (2005) reforça esse tipo de violência é dificilmente encontrado e visível, pois raramente um adulto é capaz de comprovar que ele esteja ocorrendo.

Histórico do Bullying: tipos e formas de manifestação

De acordo com Dan Olweus, pesquisador da Universidade de Bergen, na Noruega, quem desenvolveu os primeiros critérios para detectar o problema de forma específica, permitindo diferenciá-lo de outras possíveis interpretações como incidentes, gozações ou brincadeiras próprias da idade (FANTE, 2005). Debarbieux e Blaya (2002) afirmam que a primeira campanha de base escolar de larga escala foi realizada, em nível nacional, na Noruega, em 1983.

De posse dos resultados, o governo norueguês apoiou uma Campanha Nacional Anti-Bullying nas escolas. A campanha na Noruega constou da realização do levantamento nas escolas, material e vídeos foram distribuídos entre professores, assim como aconselhamento aos pais e publicidade na mídia. Usando seu questionário de auto depoimento e comparando os grupos de faixa etária equivalente, Olweus verificou que, de 1983 a 1985, as práticas de intimidação diminuíram em 59%, tanto para meninos, quanto para meninas (DEBARBIEUX; BLAYA, 2002). O resultado desta pesquisa se espalhou em vários países principalmente em Portugal, Inglaterra, Espanha, Japão, China e Estados Unidos, estes por sua vez atentaram para a problemática (PEREIRA, 2009).

No Brasil o problema da violência escolar já era identificado desde inícios da década de 90, para Pereira (2009, p. 35) “é nos anos 90 que a violência escolar passa a ser observada nas interações dos grupos de alunos, caracterizando um tipo de sociabilidade entre os pares, e a violência nas escolas passa a ser considerada questão de segurança”.

Porém pesquisas envolvendo especificamente a terminologia bullying datam do ano de 2005, segundo Fante (2005, apud PEREIRA, 2009). Para Pereira (2002) o estudo das formas de violência escolar e especificamente o bullying é fundamental por que é possível que ocorra confusão com outras formas de comportamento agressivo, que é normalmente expresso em determinadas idades, principalmente entre 07 e 14 anos; ou ainda, ocorra confusão pelas semelhanças as com “brincadeiras agressivas ativas de grande expansividade e envolvimento físico dos intervenientes, mas em que não existe a intencionalidade de magoar ou causar danos (p. 17).

Alguns pesquisadores entre eles, Pereira (2002), Constantini (2004), Fante (2005) e Lopes Neto (2005) há pelos menos cinco tipos de envolvimento no bullying que são: os agressores, as vítimas típicas ou passivas, vítimas agressivas, as vítimas provocativas e as testemunhas.

Os agressores são aqueles que vitimizam os mais fracos, podem ser do sexo feminino ou masculino, para Lopes Neto (2005 apud PEREIRA, 2009, p. 43) os agressores são:

[...] tipicamente popular; tende a envolver-se em uma variedade de comportamentos antissociais; pode mostrar-se agressivo inclusive com os adultos; é impulsivo; vê sua agressividade como qualidade; tem opiniões positivas sobre si mesmo; é geralmente mais forte que seu alvo; sente prazer e satisfação em dominar, controlar e causar danos e sofrimentos a outros.

Quanto às vítimas estas podem ser passiva ou típica segundo Carvalhosa, Lima e Matos (2001); Debarbieux e Blaya (2002); Pereira (2002); Fante (2005); Lopes Neto (2005); Seixas (2005), “esses autores entendem que é aquela criança que serve de marionete para o agressor”. Por não reagirem acabam sofrendo repetidamente as agressões. “Geralmente são crianças superprotegidas em casa” (PEREIRA, 2009, p. 45).

Para Fante (2005, p. 72) essas vítimas apresentam comportamentos com:

[...] extrema sensibilidade, timidez, passividade, submissão, insegurança, baixa autoestima, alguma deficiência de aprendizado, ansiedade e aspectos depressivos. [...] sente dificuldades de impor-se ao grupo, tanto física como verbalmente, e tem uma conduta habitual não-agressiva, motivo pelo qual parece denunciar ao agressor que não irá revidar se atacada e que é “presa fácil” para os seus abusos.

O outro tipo de vítima é o que apresentado principalmente nas pesquisas de Debarbieux e Blaya (2002); Fante (2005); Lopes Neto (2005); Seixas (2005) é a vítima agressiva, segundo Fante (2005, p. 72) é aquela “[...] que, tendo passado por situações de sofrimento na escola, tende a buscar indivíduos mais frágeis que ele para transformá-los em bodes expiatórios, na tentativa de transferir os maus tratos sofridos”.

Já a vítima provocativa é a que definida por Carvalhosa, Lima e Matos (2001); Debarbieux e Blaya (2002); Fante (2005); Lopes Neto (2005); são as que provocam e atraem reações agressivas e acabam não conseguindo lidar com esta, são geniosas, brigam e respondem quando são atacadas e insultadas. “Pode ser uma criança hiperativa, inquieta, dispersiva e ofensora. Em casa, normalmente, são expostas a violência doméstica e possuem pais punitivos” (PEREIRA, 2009, p. 46).

Quanto a manifestação os comportamentos do bullying podem ser apresentados de duas formas, a direta e a indireta, Pereira (2009, p. 47 - 48) afirma que a forma indireta é a que “mais provoca danos psicológicos em suas vítimas e de mais difícil detecção” quanto a forma direta “inclui agressões físicas (bater, empurrar, tomar pertences), enquanto as agressões incluem a agressão verbal (apelidar de maneira pejorativa e insultar) e a psicológica (meter medo,constranger, intimidar, fazer gozações e acusações injustas, assim como ridicularizar e infernizar a vida de outros alunos)”.

Destarte a questão do bullying escolar, não pode ser pensada isoladamente, principalmente por que envolve duas instituições importantes na sociedade, que são: a família e a escola. Para Chalita (2004, p. 17) em relação a família afirma que para “a educação informal nenhuma célula social melhor do que a família. É nela que se forma o caráter. A família tem a responsabilidade de formar o caráter, de educar para os desafios da vida, de perpetuar valores éticos e morais”.

As Funções da família e da escola frente ao Bullying

A família é um sistema que opera através de padrões de transações. Estas transações é que estabelecem os padrões de como, quando e com quem se relacionar e, são estes que reforçam a identidade e funcionamento do sistema. Para Zimerman (1999 apud FANTE e PEDRA, 2008, p. 92) “o grupo familiar exerce profunda e decisiva importância na estrutura do psiquismo da criança, logo na formação da personalidade do adulto”.

Segundo Anton (1998 apud DETONI, 2008, p. 126) a família sendo uma organização e “como organização de qualquer natureza para que sobreviva, é necessária que haja uma distribuição de papéis e de funções, assim como também é necessário um estabelecimento de regras e de normas”.

Minayo (1999) afirma que:

A família é uma organização social complexa, um microcosmo da sociedade, onde ao mesmo tempo se vivem as relações primárias e se constroem os processos identificatórios. É também um espaço em que se definem papéis sociais de gênero, cultura de classe e se reproduzem as bases de poder (p. 83).

A vida psíquica de um indivíduo não é inteiramente um processo interno, para Fante e Pedra (2008, p. 92) “os modelos educativos familiares introjetados pela criança na primeira infância, resultantes dos tipos de vivencias e interações sociemocionais na família, gratificantes ou não, tornar-se-ão matrizes de construções inconscientes de cadeias de pensamentos e emoções”.

É neste sentido que Mussen (1974 apud FANTE e PEDRA, 2008, p. 93) destaca que:

Se os pais permitem ou reforçam abertamente a agressão, é possível que as crianças se comportem agressivamente em casa e, por generalização, em outros lugares em que sintam ser a agressão permitida, esperada ou encorajada. A presença de um adulto permissivo favorece a expressão do comportamento agressivo.

Para Mizell (2003) desde que a família é considerada o primeiro agente de socialização, muitos especialistas têm apontado os estilos parentais junto com a violência e discórdia entre os pais como as principais causas de problemas de comportamento em crianças. De acordo com a aprendizagem do paradigma social, as crianças aprendem e adquirem comportamentos através da observação e imitação. Para o psicólogo José Augusto Pedra em uma entrevista sobre bullying dada à revista eletrônica Saúde Abril,

Gestos, tons de voz, toques e expressões faciais marcam a moçada muito mais do que discursos, especialmente até os 7 anos de idade. Lógico: pais que vivem ausentes ou estressados por causa do trabalho e que costumam usar gritos, tapas e murros para exercer sua autoridade vão transmitir esse modelo de relacionamento aos filhos, mesmo sem perceber. As crianças incorporam comportamentos e acabam reproduzindo-os quando estão em um ambiente sem hierarquia, seja como vítimas, seja como agressoras (2008, p. 02).

Pereira (2009, p. 53) considera que a família ideal seria “aquela que predominasse o amor, o carinho, a afeição e o respeito. Mas nem sempre isso acontece. Nesses casos, muitas crianças e jovens se desvirtuam e passam a reproduzir o que aprendem com seus familiares”.

Quanto a escola qual o papel desta instituição frente ao bullying? Para Fante e Pedra (2008, p. 52) o bullying sempre existiu no ambiente escolar, e tão antigo quanto ao nascimento da escola, porém “infelizmente, muitas escolas não admitem a existência do fenômeno”. Porém Pereira (2009) destaca que o papel da escola na atualidade sofreu mudanças drásticas, e vão além da função de formação acadêmica, agregando também funções como a socialização, formação de caráter e cidadania.

Polato (2007) afirma que, atualmente vive-se num período de crise da educação, onde o papel da escola não está tão claro. Seus objetivos já não são somente ensinar conteúdos educativos tradicionais. No espaço escolar se vai, além disso, tornando-se também um espaço de interação entre seus participantes. É também um lugar onde as crianças e adolescentes aprendem a se relacionar, adquirem valores e crenças, desenvolvem senso crítico, auto-estima e a segurança. Segundo Minayo (1999) uma escola ideal é exatamente a escola que favoreça um ambiente saudável e de formação para a cidadania;

[...] é aquela que respeita e estimula os alunos a pensar. São escolas em que, além de o aluno aprender as matérias, se permite que ele cresça como pessoa e cidadão. Ou seja, ela é a instituição que realiza, ao mesmo tempo, sua função de construir conhecimentos, convivências, experiências e crítica social e, assim, cumpre importante papel socializador (p.114).

Em referência ao bullying Fante e Pedra (2008, p. 53) considera que este “acontece em todas as escolas, independentemente da sua localização, turno ou poder aquisitivo da comunidade escolar”, considera a ABRAPIA em uma pesquisa sobre o bullying que este é um problema mundial. O bullying no ambiente escolar pode ocorrer em vários locais, pátios, nos horários de intervalos, banheiros, bibliotecas, corredores, quadras esportivas, salas de tecnologia, laboratórios, imediações da escola e na sala de aula, pesquisas apontam que no Brasil o bullying acontece principalmente em sala de aula (FANTE e PEDRA, 2008). Nesse sentido que Constantini (2004 apud DETONI, 2008), afirma que isso se deve principalmente por que:

No ambiente escolar é difícil libertar-se de certa distribuição de papéis, seja para o agressor ou para a vítima, ambos condicionados pelo grupo classe no qual estão inseridos. A sala de aula é determinante na elaboração de um sistema de regras de grupo, segundo o qual há aquele que é intimidado e aquele que deve intimidar aquele que é testemunha participante (via de regra a favor do intimidador) e aquele não-participante (indiferente ou às vezes a favor da vítima, mas amedrontado pela situação) (p. 122).

Portanto a função da escola diante do bullying é reconhecer a existência da problemática e traçar estratégias para eliminá-la, Rolim (2008) destaca também que mais amplamente e para além das responsabilidades definidas no âmbito das escolas, a preocupação em prevenção ao bullying e das formas de violência em geral devem e podem ser pensadas desde os primeiros anos de vida do indivíduo, dessa forma a família seria a primeira a se preocupar em transmitir uma cultura de paz, porém a escola, a sociedade e o Estado não estão eximidos dessa responsabilização.

Segundo Fante e Pedra (2008, p. 63) as formas de maus tratos empregadas nos atos de violência de bullying podem ser físico, atos envolvendo “bater, chutar, beliscar”; verbal são atos de “apelidar, xingar, zoar; moral”, atitudes de “difamar, caluniar, discriminar”; sexual, atos de “abusar, assediar, insinuar; psicológico, intimidar, ameaçar, perseguir; material, furtar, roubar, destroçar pertences; e virtual, zoar, discriminar, difamar, através da internet e celular”

As práticas de violência para serem consideradas bullying seguem alguns critérios como: “ações repetitivas contra a mesma vítima num período prolongado de tempo; desequilíbrio de poder, o que dificulta a defesa da vítima; ausência de motivos que justifiquem os ataques” (FANTE e PEDRA, 2008, p. 39). “No Brasil, as pesquisas apontam para a sala de aula” como local de maior incidência conforme Fante e Pedra (2008, p. 54).

Segundo Fante (2005 apud PEREIRA, 2009, p. 44), o agressor “costuma ser um indivíduo que manifesta pouca empatia. É malvado, duro e mostra pouca simpatia para com suas vítimas”, sendo assim fica evidente porque 45% dos alunos afirmaram não ser colega dos agressores. Fante e Pedra (2008, p. 64) afirmam que “no passado, acreditava-se que esse tipo de comportamento era próprio de meninos, porém, com os avanços das pesquisas, constatou-se ser comum também entre as meninas”.

Fante (2008, p. 61) destaca ainda que “muitos dos espectadores repudiam as ações dos agressores mais nada fazem para intervir” e segundo Costantini (2004) e Lopes Neto (2005) há ainda os espectadores que estimulam a agressão são as testemunhas incentivadoras e os que tentam ajudar a vítima, são as testemunhas defensoras.

As testemunhas que se aproximam para ver a agressão são classificados por Costantini (2004) e Lopes Neto (2005) como observadoras, quando isso ocorre cotidianamente ante ao expressivo pode afirmar-se que o silêncio dos espectadores impera, para Fante (2008) os espectadores parecem estar engessados diante da violência. No trabalho de prevenção ao bullying no ambiente escolar vítimas, agressores e expectadores devem ser trabalhados a fim de evitar a propagação da violência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao chegarmos a esta etapa deste trabalho temo a consciência de a violência escolar não é um problema fácil de ser resolvido, é uma situação histórica e de grande complexidade. Outro fator preocupante é que a violência estar, de tal modo, entranhada em nosso dia-a-dia, ao ponto de ser vista pela sociedade como algo natural, aceitável ou que não pode ser mudado, gerando conformismo diante a presença dela.

O presente estudo procurou trazer as diferentes à tona faces da violência, escolar, ressaltando o bullying. E no que diz respeito ao bullying escolar é necessário a sua superação e não identificá-la numa visão simplista de que começa e termina na escola, enquanto problema que parecem encerrado em si mesmo. A prevenção da violência escolar demanda esforços sobre que caminhos seguir para uma socialização da escola com alunos, professores e comunidade. A observação constante e a parceria entre família e escola são fundamentais para a possível eliminação de comportamentos agressivos.

Reafirmamos que brigas, discussões e desavenças são comuns, mas que o constrangimento, de caráter agressivo e rotineiro levando ao isolamento deve ser banido. Assim, trazemos a sugestão de Fante (2008) que a escola proporcione e incentive a capacitação continuada aos professores e funcionários a fim de cultivarem atitudes de respeito e tolerância entre os alunos; estarem preparados para ouvir as queixas das crianças e adolescentes e ajudar estas a buscarem soluções não violentas a fim de estimular o convívio com outros grupos.

Consideramos que os pais (famílias) tenham mais participação no ambiente escolar, que sejam próximos de seus filhos para abordarem e serem capazes de identificar esse processo de bullying. No tocante as alternativas de enfrentamento ao bullying escolar, Pereira (2009) que o primeiro passo é que a comunidade escolar tome consciência da existência e comece a buscar métodos para eliminá-lo. Guareschi e Silva (2008) relatam que uma das alternativas para o enfrentamento da violência ou do fenômeno Bullying é a informação e a formação dos alunos para um despertar para a cidadania. Desse modo é preciso avançar neste propósito, pois não adianta a escolar propor terapia aos alunos vitimizados se não se dispõe também um programa de prevenção a este tipo de violência.

Constantini (2004) afirma que não existem alternativas infalíveis, para enfrentamento ao bullying. Pereira (2002) considera que o processo de mudança e redução do bullying, é um processo lento.

O papel da escola, da família e da comunidade, onde se inserem crianças e adolescentes, tem papel fundamental na contribuição da descoberta do sujeito, isso também se faz necessário para que se possa conhecer quem está ao seu lado, dessa forma compreendendo e respeitando as diferenças, atitudes e reações do outro (FANTE e PEDRA, 2008). Na escola, portanto,

É indispensável uma relação respeitosa entre alunos e professores, de forma a garantir possíveis trocas de ambas as partes e liberdade de expressão aos alunos. Muitas escolas promovem atividades e jogos em grupo como rodas de conversas, nas quais os alunos possam expor suas idéias sobre diferentes assuntos, incluindo violência, preconceito e exclusão (GUARESCHI, 2008, p. 77).

Quanto aos professores, Fante e Pedra (2008) destacam que estes têm um papel importante na prevenção, estes autores aconselham que os professores:

• Observe com atenção o comportamento dos alunos, dentro e fora de sala de aula, e perceba se há quedas bruscas individuais no rendimento escolar.

• Incentive a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças através de conversas, trabalhos didáticos e até de campanhas de incentivo à paz e à tolerância.

• Desenvolva, desde já, dentro de sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos.

• Quando um estudante reclamar ou denunciar o bullying, procure imediatamente a direção da escola.

• Muitas vezes, a instituição trata de forma inadequada os casos relatados. A responsabilidade é, sim, da escola, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos alunos envolvidos.

Nessa perspectiva, as alternativas de prevenção do bullying escolar implicam ir além de campanhas pontuais, grupos de auto-ajuda ou terapias individuais, sem acarretar uma maior sobrecarga de atribuições aos professores. É necessário valorizar os trabalhadores da educação, apoiar e incentivar a formação continuada, estimular práticas pedagógicas compromissadas com a desestruturação dos bloqueios culturais, promover a interdisciplinaridade, a consolidação dos direitos humanos e a transformação efetiva da sociedade e, no que tange à comunidade escolar, viabilizar o acesso a informações sobre a temática violência escolar e bullying, estimular o diálogo, o respeito à criança e o adolescente e aos seus direitos.

Nas afirmativas de Fante (2008, p. 02) “as ferramentas mais eficazes para ensinar regras de convivência saudável aos filhos são o afeto incondicional, o diálogo e as atividades educativas, como jogos esportivos, aulas de arte e ações solidárias”, ou seja, a família deve investir nas crianças e jovens valores de respeito ao próximo e não violência.

Além de que as escolas devem dispor de profissionais que possuam habilidades específicas e técnicas que podem ser facilitadoras para a implantação de estratégias de prevenção e combate à ocorrência de violências no espaço escolar, dentre elas, a valorização dos integrantes da comunidade escolar, a possibilidade da abertura de um canal de expressão para alunos, professores, técnicos, familiares e outros, na qual favoreça o diálogo e a difusão de uma cultura de e para a paz.

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Publicado por: EUÉLICA FAGUNDES RAMOS

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